Akihiko Kondo, um japonês de 38 anos, que se casou com uma representação holográfica de uma cantora pop em 2018, agora vive uma crise em seu relacionamento: eles não conseguem mais se comunicar devido a uma falha de software que permitia a interação entre os dois. A startup que criou a réplica da personagem informou que o suporte ao dispositivo que dá vida à Miku foi encerrado.
Assumidamente um fictosexual, como são chamadas as pessoas que sentem atração sexual por personagens fictícias, o japonês se casou com Hatsune Miku, a representação holográfica de uma personagem criada pelo grupo de mídia Crypton Future Media. A cerimônia que ocorreu em 2018, custou 2 milhões de ienes (aproximadamente R$ 77 mil).
O casal começou a ter “problemas conjugais” há pouco tempo, todos relacionados a bugs no holograma. A startup que criou a réplica do personagem fictício disse que aquele modelo de produção era limitado, por isso que o suporte ao dispositivo que dá vida à Miku foi encerrado.
Leia mais:A máquina usada para reproduzir o holograma é chamada Gatebox e custa cerca de US $1,3 mil (mais de R$ 6,4 mil). Ela permite que o usuário interaja com personagens fictícios e converse com eles, graças ao somatório de técnicas de realidade aumentada e inteligência artificial.
O sentimento do japonês pela personagem começou depois que o bullying sofrido no ambiente de trabalho o fez ficar deprimido. Ele afirma que chegou a assistir 24 horas por dia aos vídeos da amada. Apesar de achar difícil aceitar seu amor no início, ele sabia que os humanos não faziam o seu tipo. Muitas pessoas o hostilizaram devido a sua preferência por personagens fictícios.
Em 2017 surgiu um dispositivo desenvolvido por uma startup japonesa que permitia a interação com personagens virtuais por meio de hologramas e até se casar, mas não oficialmente. Foi aí que surgiu a ideia do japonês se casar com o holograma da personagem.
Sem a inteligência artificial para conversar, a solução encontrada pelo marido foi se relacionar com uma boneca em tamanho real. Obviamente que a experiência não é a mesma, mas ainda permite que eles possam se sentar juntos à mesa para tomar chá ou prender os cabelos azuis da vocaloid.
(Fonte: O POVO)