Reunidos na noite desta terça-feira (7) em assembleia geral, em frente à Agência Cabanagem, no bairro do Marco, os funcionários dos Correios decidiram não deflagrar a greve, anteriormente agendada para começar a zero hora de hoje. Por orientação das federações dos funcionários, os empregados optaram por apreciar a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), ontem, e se posicionar sobre o assunto na próxima terça-feira (14);
A greve, então, poderá começar ou não nessa data, como informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) no Pará, Israel Rodrigues. “Vamos permanecer atentos às negociações com a empresa e com o TST”, declarou Israel.
De acordo com o informativo distribuído pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) e a Federação Interestadual dos Trabalhadores e Trabalhadoras nos Correios (Findect), a proposta do TST não deveria ser analisada pelos empregados ontem. A orientação foi de que os trabalhadores devem manter o estado de greve com indicativo de movimento grevista para 14 deste mês.
Leia mais:As duas entidades devem procurar o TST até o dia 14, na busca de se avançar na proposta apresentada pelo vice-presidente do Tribunal, ministro Renato de Lacerda Paiva sobre ao plano de saúde dos empregados. O ministro, segundo as entidades, mostrou sensibilidade quanto à perda salarial e social dos funcionários após a implantação de mensalidade em cima do salário bruto, onerando em até 70% o salário líquido dos trabalhadores.
A proposta do TST abrange o pagamento do índice da inflação de 12 meses, calculado em 3,68% e mais a garantia de manutenção do acordo coletivo atual entre empregadores e empregados, ou seja, sem ganho real. Os funcionários reivindicam 8% de reajuste salarial (ganho real e inflação de 12 meses), mais R$ 300,00 de forma linear e manutenção do acordo coletivo atual.
Em setembro de 2017, os empregados dos Correios grevaram, e, em 12 de março de 2018, paralisaram suas atividades, protestando contra a mensalidade com valor abusivo no plano de saúde. A categoria negocia com os Correios desde junho. A empresa havia oferecido 2,2% de reajuste salarial aos funcionários. (Fonte: ORM)