Quando jogadores de Paysandu e Remo pisaram o gramado da Curuzu na noite desta quarta-feira (6), o time bicolor já carregava sobre os ombros o peso de 3×0 do jogo de ida, no Baenão. Já os atletas azulinos tinham a missão de manter a grande vantagem obtida no primeiro jogo. E quando o árbitro Rafael Claus apitou o final da partida, o Remo foi mesmo o campeão. Mas não se iluda, apesar da vantagem, a conquista foi mais difícil do que se imaginava. O Remo perdeu por 3×1.
Tudo isso porque o Paysandu tratou de tirar a enorme diferença logo no primeiro tempo. Abriu o placar com Ricardinho, aos 10 minutos; ampliou com José Aldo, aos 23; e tirou a diferença, por completo, com Marcelo Toscano, aos 38.
Mas, na segunda etapa, o jogo mudou: aos 15 minutos, o lateral esquerdo fez um golaço de fora da área, com um improvável pé direito. Para piorar, oito minutos depois, o zagueiro Marcão agrediu atacante do Remo e foi expulso. Foi a pá de cal nas intenções do Paysandu, que, com um a menos, viu o campo de jogo ficar grande.
Leia mais:Por outro lado, o Remo usou toda a experiência e “furou” a bola. Em determinado momento, era possível ver três jogadores do Leão caídos em campo, obviamente fazendo cera, o que é absolutamente normal no futebol brasileiro, sobretudo em competições de baixa exigência técnica, como é o Campeonato Paraense.
A soma dos dois resultados deu ao Remo seu 47º título de Campeão Paraense, uma conquista saborosa, por ter sido em cima do seu maior rival e na casa do adversário, que tem dois títulos a mais (49). Mais uma vez ficou patente o equilíbrio entre as duas equipes, até mesmo pelo placar agregado: 4×3.
Analisando de forma fria, o Remo termina o título com apenas duas derrotas, mas com um desempenho bastante questionável, oscilando muito durante a competição. Mas isso é conversa para os próximos dias. O momento agora é de festa azulina. (Chagas Filho)