A derrota nos pênaltis para a Tuna tirou o Águia de uma vaga direta para a Copa do brasil do ano que vem, mas o time marabaense ainda pode conquistar uma vaga na competição nacional. Mas, para que isso ocorra, Remo ou Paysandu terão que vencer a Copa Verde, pois o campeão deste torneio entra na terceira fase da Copa BR. Será a última chance do Águia, porém, agora o time não depende mais de si, pois no confronto de 180 minutos com a Águia do Souza não deu.
Por enquanto, o que o Águia garantiu foi o troféu de Campeão do Interior e conseguiu vaga para a Série D do ano que vem. A campanha não foi ruim, mas o jogo que aconteceu ontem (6), pela manhã, no Estádio Francisco Vásquez, o Souza, em Belém, poderia ter tido outro desfecho.
Basta lembrar que no jogo de ida, no Zinho Oliveira, o Águia chegou a abrir 3×0, mas sofreu dois gols e o confronto ficou aberto. Ontem, a Tuna abriu o placar, mas o Águia acabou virando. Imaginar-se-ia que, com a virada, o time marabaense conquistaria a vaga, até porque teve várias chances de fazer o terceiro gol e matar confronto, mas acabou sofrendo o empate e a virada.
Leia mais:A decisão foi para os pênaltis. O goleiro Zé Ricardo, do Águia, até defendeu um pênalti, mas Vitor Lube, da Tuna, pegou duas cobranças: Elivelton e Ramon. No final, a festa não foi do Águia de Marabá, mas da “Águia do Souza”.
Sobre as falhas do Águia
No segundo tempo, quando o Águia já tinha virado o jogo, o time marabaense teve muitos contra-ataques por meio dos quais poderia ter ampliado o placar e matado o confronto. Mas não o fez. Escolhas erradas dos avançados do Águia impediram que isso ocorresse. Então, uma das máximas do futebol aconteceu: “Quem não faz, leva”.
Mas vale dizer que o Águia começou a desmoronar ainda em Marabá, pois além de ter levado dois gols quando vencia por 3×0, ainda perdeu um gol sem goleiro. Todos esses pequenos episódios ajudaram a compor o placar agregado de 5×5.
Afora isso, está nítido que o elenco não está na “ponta dos casos”. A parte física tem deixado ao desejar. O time dissolve no terço final das partidas. Isso já ficara evidente no duelo contra o Castanhal, pelas quartas de final.
Daqui pra frente
Com o final da participação do Águia no Parazão, o time marabaense suspende as atividades por enquanto, mas ainda há muito trabalho a ser feito. É preciso ver como vai ficar a situação de alguns atletas que se destacaram, como é o caso de Luan Parede e Adauto, que já teriam recebido propostas de outros clubes.
Resta saber se será firmado algum vínculo para garantir que esses jogadores e outros vão se reapresentar em novembro, que é quando possivelmente o Azulão Marabaense vai retomar as atividades de preparação para o Parazão 2023.
Além disso, a situação do técnico Wando Costa ainda precisa ser definida. Em entrevista a este CORREIO, na semana passada, o treinador disse que ainda não estava pensando no assunto porque seu foco total era o confronto contra a Tuna-Luso. Mas agora está na hora de sentar com a diretoria.
Para a temporada que vem, a diretoria tem um trunfo para atrair futebolistas de melhor qualidade e fortalecer o elenco. É que o time marabaense terá calendário o ano inteiro, pois vai disputar a Série D.
(Chagas Filho)