O Águia bem que tentou, mas não foi páreo para o Paysandu, na Curuzu, em Belém, na noite de ontem (30), por 2×0. O time marabaense foi derrotado novamente pelo bicolor e deu adeus ao sonho de disputar o inédito título de campeão paraense. Essa honra será de novo de Remo e Paysandu, que farão a final. Ao Águia cabe agora a disputa pelo terceiro lugar contra a Tuna, que garante vagas na Copa do Brasil e Copa Verde em 2023. E a disputa já começa neste sábado (2), no Zinho Oliveira, e termina novamente em Belém, no Estádio do Souza, na próxima terça-feira (5).
Na partida desta quarta-feira (30), o Águia mostrou até mais intensidade do que na partida de ida, em Marabá (quando perdeu de 3×1). Mas algumas peças não funcionaram no primeiro tempo, principalmente os dois laterais e o meia Adauto, tido e havido como melhor jogador do time. Com isso, o placar terminou em 1×0 na etapa inicial, com gol do centroavante Danrlei, o “Robozão”.
No intervalor, o técnico Wando Costa não mexeu no time. Já o Paysandu trocou algumas peças, oxigenou o time e retomou melhor a partida, ficando com a bola, gastando o tempo e fazendo o time marabaense correr sem a bola.
Leia mais:Mas, aos 14 minutos Wando colocou Pablo, Ramon e Flamel nos lugares de Adauto, Betinho e Gabriel. Melhorou um pouco, mas não surtiu muito efeito. Depois disso, o treinador tirou Luan Parede e colocou Luan Henrique. Ficava claro ali que o Águia já estava era poupando os atletas para a disputa contra a Tuna, exatamente igual ao Paysandu, que fez logo três trocas no intervalo, tirando inclusive seu capitão Ricardinho.
A partida seguiu em banho-maria até os 46 minutos da etapa final, quando Henan ampliou o placar. Final Paysandu 2×0 Águia.
Análise
No cômputo geral, o saldo do Águia é positivo até aqui, afinal o time chegou a lutar contra o rebaixamento e acabou chegando à semifinal. Precisa agora ter mais intensidade, pois a Tuna já mostrou qualidade na partida contra o Remo, chegando a vencer o jogo.
Além disso, o preparo físico do Águia, de forma geral, beira o amadorismo. No final das partidas, o time começa a se desmanchar em campo. Exemplo disso, no jogo de ontem, é o volante Corujinha. Foi um dos melhores em campo, mas só até onde suas pernas permitiram.
Algo que também precisa ser revisto não apenas para o confronto contra a Tuna, mas para 2023, é a situação das laterais. Na noite de ontem, Elivelton (na esquerda) e Levy (na direita), com todo respeito, não fizeram nada que justificasse eles terem calçado as chuteiras. É óbvio que eles ainda podem voltar a jogar bem. Mas algo precisa ser feito.
(Chagas Filho)