A Operação Verão 2018, desenvolvida pelos órgãos de segurança estaduais, chegou ao fim com balanço positivo em Marabá. Conforme o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, coronel Franklin Roosevelt Wanzler Fayal, a integração entre as policias, departamentos municipais e corporações estaduais e federais foi essencial no combate à criminalidade.
“A Operação Veraneio começou no dia 1º e terminou no dia 30 de julho. Nós podemos dizer que foi dentro da tranquilidade, nos balneários foram registradas poucas ocorrências, principalmente, na Praia do Tucunaré, onde tiveram apenas dois casos apresentados na delegacia, um de furto e outro de consumo de drogas”, afirmou.
O comandante ainda ressaltou a queda no número de homicídios e roubos contabilizados no mês de julho em todo o município, comparando os dados com o mesmo período do ano passado.
Leia mais:“Nós tivemos uma diminuição da ordem de 57% no número de homicídios e no número de roubos, tivemos uma queda de 46%. Isso é fruto do trabalho dos policiais militares integrados com outros órgãos do sistema de segurança pública a nível federal, estadual e municipal. Essa cooperação que está fazendo com que estes resultados sejam positivos”, atestou.
Reforço
Além da cooperação entre os órgãos de segurança neste período, 133 novos militares se formaram e foram colocados para atuar nas operações realizadas em toda Marabá. “Esse maior número de policiais nas ruas fez com que os criminosos refugassem e não cometessem o intento deles”. O 4º BPM também recebeu reforço de 60 policiais vindos de Belém para trabalhar nos balneários da região e na Praia do Tucunaré.
“A gente agiu pró-ativamente fazendo operações, abordagens, barreiras e revistando os veículos que adentravam em nosso território aqui de Marabá. Foi uma operação com recursos humanos e logísticos suficientes, com as novas viaturas que chegaram”, garantiu. O coronel Roosevelt ainda falou sobre a importância das blitze no combate às ilegalidades no trânsito, lembrando a necessidade do cidadão em apoiar a ação ao invés de condenar.
“A população de um modo geral, as pessoas de bem, agradecem e aplaudem o serviço integrado de segurança pública. Aqueles que andam a margem da lei são os que não gostam da fiscalização, que estão errados e por algum motivo querem burlar as nossas leis. Quanto menor os índices criminais, melhor a qualidade de vida da população e, se depender da gente, nós vamos continuar fazendo”, conclui.
Atuação
Segundo o comandante, pelo menos, três ações policiais são realizadas diariamente em Marabá com apoio do Detran, DMTU, Semma, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Departamento de Postura e Polícia Rodoviária Federal para manter a cidade segura. “Nós temos uma reunião integrada, todas às quartas-feiras, em que todos os gestores dos órgãos do sistema falam sobre a segurança, sobre o que aconteceu na semana anterior e planejam ações para a semana seguinte”.
Ele explica que isso é importante tanto para o planejamento quanto para a relação entre os órgãos de segurança, uma vez que estabelece proximidade sem burocracia entre os agentes de cada corporação. “A gente se comunica por telefone, pelas redes sociais e consegue atender as ocorrências e coibir o que está errado em tempo real, em poucos minutos ou em poucas horas”.
No fim de semana as operações, de acordo com comandante, são intensificadas e isso impacta até no número de acidentes ocorridos dentro de Marabá. “A partir do momento em que você diminui o número de acidentes no município, deixa de ocupar os leitos nos hospitais municipais e estadual. Antes era quase 80% de ocupação de leito por vítimas de acidente de trânsito, hoje, segundo dados da secretaria de saúde, tem menos de 30%”.
Ainda segundo o comandante do 4º BPM, foram registrados 14 homicídios e 363 ocorrências de roubo em julho do ano passado, em Marabá. No mesmo período de 2018, os números reduziram para seis casos de homicídios (queda de 57%), e para 196 casos de roubos (diminuição de 46%).
A intenção agora é dar continuidade ao trabalho neste mês de agosto, atuando com repressão qualificada integrada e prevenção primária, como a educação nas escolas, através do Proerd (Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência). (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)