Os moradores do Projeto de Assentamento Rio Gelado procuram respostas para um duplo homicídio, que acabou contribuindo para a morte de uma terceira pessoa: uma mulher que faleceu por mal súbito. A situação é investigada pela Polícia Civil do município de Novo Repartimento, na região sudeste do Pará. O palco da tragédia é uma região rural a 7 Km da Vila Canãa, na Vicinal 18 do Projeto de Assentamento Rio Gelado. O caso se passou no sábado (19).
O primeiro crime de homicídio teve como vítima o trabalhador rural identificado pelo nome de José Muniz Carneiro. Segundo informações que chegaram à Polícia Civil, Muniz foi morto a golpes de facão desferidos por Antonio Cláudio Cantanhede da Silva, patrão da vítima.
Ao chegar na casa onde morava, Antonio Cantanhede relatou o caso para sua companheira, Márcia Regina de Souza Moraes, e para o enteado, identificado como Jackson Souza Moraes. Criticado pelo enteado, o padrasto teria dito que já havia matado um e poderia matar mais outro. E se armou com uma faca para atacar Jakson. Os dois homens entraram em briga corporal, e Jackson conseguiu imobilizar o desafeto e amarrá-lo com uma corda.
Leia mais:A discussão entre os dois levou Márcia a uma parada cardiorrespiratória fulminante. Um familiar da mulher informou que Jackson a pegou nos braços saiu com ela em busca de ajuda quando percebeu que Cantanhede conseguira se libertar e o seguia com uma espingarda calibre 20.
Com medo, o homem ficou escondido nas margens da estrada. Tão logo Cantanhede passou pelo local, Jackson o agarrou. E na versão dele, contada para um familiar, Cantanhede insistia em matá-lo, o que lhe obrigou a estrangulá-lo com um cinto. Após deixar Márcia em uma vicinal, Jackson fugiu da região.
A Polícia Civil foi ao local da tragédia e encontrou os corpos dos homens. Um inquérito policial foi aberto para investigar o caso. (Antônio Barroso/freelancer)