Testes para detectar se uma pessoa está com Covid-19 são essenciais para frear a transmissão do novo coronavírus. Atualmente, dois tipos de testes são os mais difundidos: RT-PCR e teste rápido de antígeno. Além disso, a venda de autotestes está prevista para começar em breve no Brasil.
Abaixo, nesta reportagem, entenda:
- a diferença entre os testes,
- quando é preciso pedido médico,
- tempo para o resultado,
- estrutura necessária,
- período ideal para fazer,
- eficácia esperada dos testes,
- público-alvo de cada método.
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As informações apresentadas abaixo foram validados pelo próprio Ministério da Saúde:
RT-PCR
O que é o RT-PCR? Também chamado de teste molecular, a sigla – em inglês – significa ‘transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase’. O próprio Ministério da Saúde explica: “É um diagnóstico laboratorial, feito por biologia molecular, que permite identificar a presença do material genético (RNA) do vírus Sars-Cov-2 em amostras de secreção respiratória. A amostra é colhida por um profissional de saúde”.
Precisa de pedido médico? Sim. Pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o teste é feito por meio de solicitação do exame, após uma avaliação do médico.
Qual o tempo de resultado dos testes? O resultado é liberado em até 72 horas após a coleta da amostra.
Qual a estrutura necessária para a testagem? É necessário um laboratório para o uso da metodologia RT-PCR.
Qual é o período ideal para fazer? No RT-PCR, a coleta de amostras deve ocorrer o mais precocemente possível quando o paciente com síndrome gripal (SG) ou síndrome respiratória aguda grave (SRAG) está na fase aguda da infecção. É indicado que seja até o 8º dia após o início dos sintomas. Para pacientes graves hospitalizados, a coleta pode ocorrer até o 14º dia do início dos sintomas, segundo o ministério.
Qual a eficácia esperada no RT-PCR? É considerado o padrão ouro na detecção do Sars-Cov-2. Os testes usados pela rede de laboratórios de saúde pública apresentam alta sensibilidade (aproximadamente 86%) e alta especificidade (acima de 95%).
Qual é o público-alvo do RT-PCR? De acordo com o ministério, qualquer pessoa sintomática com síndrome gripal e/ou síndrome respiratória aguda grave atendidas nos serviços de saúde.
Teste rápido de antígeno (TR-Ag)
O que é o teste rápido de antígeno (TR-Ag)? O teste rápido de antígeno é capaz de detectar proteínas produzidas na fase de replicação viral. O processamento da amostra pode ser realizado fora do ambiente laboratorial. Um resultado positivo determina a presença do vírus na amostra, que é colhida por meio de swab nasal ou nasofaringe, no laboratório, farmácia ou unidade de saúde.
A atual geração dos testes rápidos não utiliza mais uma amostra de sangue, como visto nas primeiras etapas da pandemia, onde havia a necessidade de interpretar o significado de IgG e IgM positivo para Covid.
Precisa de pedido médico? De acordo com o ministério, pode ser feito por solicitação do médico, após consulta, ou diretamente nas unidades de saúde em pessoas sintomáticas ou que tiveram contato com casos positivos. Na maioria das farmácias, o teste é feito por agendamento.
Qual o tempo de resultado dos testes? O resultado fica pronto em até 20 minutos. Algumas farmácias apontam o resultado em 15 minutos.
Qual a estrutura necessária para a testagem? O processamento pode ser feito no próprio local da coleta.
Qual é o período ideal para fazer? Os testes rápidos de antígeno são mais eficientes na fase aguda da doença. Do 1º ao 7º dia em pessoas com sintomas; e a partir do 5º dia do contato em pessoas assintomáticas que tiveram contato com casos confirmados.
Qual a eficácia esperada no teste rápido de antígeno? A sensibilidade dos testes rápidos de antígeno oferecidos pelo Ministério da Saúde varia entre 90,30% e 96,75%. Já a especificidade desses testes varia de 98,80% a 100%.
Autoteste de antígeno (AT-Ag)
Aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os autotestes foram incorporados pelo Ministério da Saúde no Plano Nacional de Expansão da Testagem. “A estratégia é complementar e deverá ser usada como forma de triagem dos casos”, alerta o ministério. O primeiro produto desta categoria foi aprovado pela Anvisa na quinta-feira (17).
O que é? É um teste que poderá ser adquirido nas redes de farmácias e drogarias, em que a pessoa coleta sua própria amostra nasal ou oral (saliva) e, em seguida, faz o teste conforme instruções do fabricante na bula e interpreta o resultado. A metodologia é a mesma do TR-Ag.
Preciso de pedido médico? Não. A compra e realização do teste é por conta própria.
Qual o tempo de resultado dos testes? O resultado fica pronto em torno de 20 minutos.
Qual a estrutura necessária para a testagem? O indivíduo faz o próprio teste em casa ou em um local escolhido. O kit contém todos os itens necessários para a testagem.
Qual é o período ideal para fazer? Pode ser utilizado no período entre o 1º e 7º dia do início dos sintomas; e a partir do 5º dia do contato com indivíduos com a infecção.
Qual a eficácia esperada no autoteste de antígeno? É semelhante ao TR-Ag. Ainda assim, por ser feito por pessoa leiga, podem ocorrer erros na execução ou interpretação, de forma que é uma estratégia complementar aos demais, sendo usado como triagem.
Qual é o público-alvo do teste rápido de antígeno? Qualquer pessoa, sintomática ou assintomática, independentemente do estado vacinal ou idade, que procure a testagem nos serviços de saúde do SUS que disponham do TR-Ag.
Qual é o público-alvo do autoteste de antígeno? Qualquer pessoa sintomática ou assintomática, independentemente de seu estado vacinal pode fazer a autotestagem. Em menores de 14 anos o autoteste deve ser supervisionado por pais ou responsáveis.
O teste deu positivo, e agora?
De acordo com o Ministério da Saúde, em caso de resultado positivo, o indivíduo deverá ser avaliado por um profissional de saúde, que também notificará o caso no sistema e-SUS, do governo federal. A pessoa será orientada a ficar isolada, manter a higiene das mãos e dos ambientes, e usar a máscara para quebrar a cadeia de transmissão. Se o indivíduo tiver piora dos sintomas, deverá procurar o médico para uma nova avaliação.
Os sintomas mais comuns da Covid-19 são: febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça, perdas olfativas/gustativas e dores no corpo. São considerados sinais e sintomas graves: falta de ar, baixos níveis de saturação de oxigênio (abaixo de 95%), cianose, letargia, confusão mental e sinais de desidratação.
(Fonte:G1)