Cooperativa criada na associação do bairro Nossa Senhora Aparecida, em Marabá (Pará), vem transformando o que seria lixo em preservação do meio ambiente e geração de renda para 20 famílias. No último ano, foram mais de 80 toneladas de papel, plástico, sucata metálica e latinhas coletados e destinados para reciclagem. Entre os materiais, a maior quantidade é de plástico. Segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o plástico representa 85% dos resíduos que chegam aos oceanos, por exemplo.
O trabalho é da Cooperativa de Catadores de Recicláveis de Marabá (Corema), que nasceu de projeto de conscientização ambiental desenvolvido por uma associação de moradores da cidade, a do bairro Nossa Senhora Aparecida (Ambnsa). A iniciativa foi configurada e fortalecida a partir do PESC, programa de inclusão produtiva da Fundação Vale encerrado em 2020. “Hoje, a Corema é a única cooperativa em Marabá, gerando renda de forma correta para as famílias e contribuindo com o meio ambiente”, celebra o presidente da Ambnsa, Quessio Alves, que também já foi catador quando residia em São Paulo e conhece bem a luta árdua da atividade.
Com dois anos de atuação, a Cooperativa vem contando com o apoio de parceiros como a Vale, outras empresas, comerciantes e moradores. “Por meio do programa da Vale e Fundação Vale, a Cooperativa recebeu uma prensa que otimizou a capacidade produtiva e agregou valor à produção, também reboque, dois triciclos motorizados, que carregam até 700 quilos e ainda equipamentos de proteção individual (epis) como botas, luvas e protetor auricular, detalha o Quessio.
Leia mais:No ano de 2021, a renda gerada com a venda dos materiais reciclados alcançou o total de R $119 mil para a Cooperativa. A expectativa da Corema para esse ano de 2022 é alcançar o total de 160 toneladas em coleta e R$ 220 mil em renda.
CAPACITAÇÃO
Outro projeto criado pela cooperativa é o de capacitação. “Estamos capacitando os jovens daqui da região na área de computação, uma das ferramentas hoje fundamentais para a entrada no mercado de trabalho. Já são mais de 600 treinados”. Os projetos da Associação para duas salas de informática tiveram o apoio da Vale, além da construção da sede da associação, que conta com ainda banheiro e cozinha semi-industrial
A sede também recebeu painéis solares fotovoltaicos que deverão reduzir a conta de energia elétrica. A entrega foi feita pela empresa Fernandes Amadeu Transporte Logística, que aderiu ao Programa Partilhar, em que empresas fornecedoras da mineradora vem apoiando projetos sociais locais. (Ascom Vale)