Depois de recuar até 9,86 metros acima do normal em 10 de fevereiro, o Rio Tocantins voltou a registrar subidas diárias e na manhã desta quinta-feira (17) estava em 10,76 metros E para completar, o Boletim de Vazões e Níveis da Eletronorte divulgado ontem prevê que o nível continue subindo até o patamar de 10,98 metros no sábado, dia 19. Para completar, Marabá viveu mais de 24 horas de chuva forte entre terça e quarta-feira.
O CORREIO apurou ontem junto à Defesa Civil municipal que ainda há 1.015 famílias em abrigos públicos, número que já foi três vezes maior no ápice da cheia, em janeiro. A grande maioria cuidou em retornar para casa, com a descida progressiva do rio. As autoridades, no entanto, mantiveram as orientações e o alerta de que muito certamente haveria repique.
Prever o comportamento da cheia nunca é fácil em Marabá, uma vez que três grandes rios convergem suas águas para esta região: o próprio Tocantins, após percorrer o Centro-Oeste e os estados do Tocantins e Maranhão; o Araguaia, vindo do centro do país; e o Itacaiúnas que tem como afluentes outros grandes rios como: Parauapebas, Vermelho, Aquiri, Tapirapé, Sororó e Rio Preto. Em todas essas regiões voltou a chover forte.
Leia mais:A Prefeitura divulgou que vem mantendo o suporte aos desabrigado por meio da Secretaria Municipal Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC), com entrega de cestas básicas.
Muitos desabrigados pela cheia no complexo Nova Marabá, por exemplo, estão sendo acolhidos nos abrigos montados no terreno do grupo Yamada na própria Folha 33, à margem da Transamazônica; num galpão na Folha 32, também à margem da rodovia e num antigo depósito da Leolar na Folha 31, perto da Prefeitura de Marabá.
Os pontos em geral mais atingidos, assim que o patamar do rio ultrapassa os 10 metros ficam nos bairros: Marabá Pioneira, Liberdade, Independência, Bairro da Paz, Novo Planalto, Amapá; Folha 33, Folhas, 6, 8, 14 e 25 e núcleo de São Félix.
A Defesa Civil segue o monitoramento do nível da água do Rio Tocantins e orienta que ainda não é o momento de retornar para as residências e que as famílias aguardem até o nível de segurança para que possam retornar às casas. (Da Redação)