O Ministério da Infraestrutura divulgou uma completa remodelação nos blocos desta que será a 7ª Rodada de Concessões Aeroportuárias, a ser realizada neste semestre. A mudança ocorre menos de dois meses após a audiência pública sobre o tema e o envio da proposta para análise do Tribunal de Contas da União (TCU), em dezembro passado.
A última rodada de concessão da rede de aeroportos que eram administrados pela Infraero incluirá, pela primeira vez, desde 2012, quando se iniciaram essas rodadas, dois terminais destinados à aviação executiva. Trata-se dos aeroportos de Jacarepaguá (RJ) e Campo de Marte (SP), que serão oferecidos em bloco, separados dos demais.
Em função da demanda de governos e de associações do Rio do Janeiro, o bloco liderado pelo aeroporto Santos Dumont (RJ) foi desfeito. Os aeroportos mineiros de Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, que integravam o bloco, passam a integrar o bloco liderado pelo aeroporto de Congonhas (SP). Com a mudança, os aeroportos que compõem a 7ª Rodada ficaram agrupados assim:
Leia mais:Bloco SP-MS-PA-MG: Congonhas (SP); Campo Grande, Corumbá, Ponta Porã (MS); Santarém, Marabá, Carajás, Altamira (PA); Uberlândia, Montes Claros, Uberaba (MG). Estão previstos investimentos de R$ 5,889 bilhões, com outorga inicial estimada em R$ 255 milhões.
O Bloco Norte II, com terminais aéreos de Belém e Macapá, não sofreu alterações.
* Santos Dumont (RJ)
* Jacarepaguá (RJ) e Campo de Marte (SP)
Os aeroportos para aviação executiva de Jacarepaguá e Campo de Marte deverão receber investimentos de R$ 560 milhões, com outorga inicial de R$ 138 milhões. O Santos Dumont será leiloado sozinho, com previsão de investimentos de R$ 1,3 bilhão e outorga inicial na casa dos R$ 731 milhões.
O ministério informou que as alterações passarão pela avaliação do TCU, que já analisava a proposta, submetida no ano passado a uma audiência pública. Como o tribunal terá que reavaliar o projeto, existe a possibilidade de a data do leilão da 7ª Rodada, prevista para este semestre, ser mudada. O grupo criado pelo ministério para discutir a questão encerra seus trabalhos no próximo dia 19.
O ministro Tarcísio de Freitas informou que as mudanças repercutiram positivamente entre grupos estrangeiros. Em entrevista à Band News na quinta-feira, ele revelou que o ministério começou a ser bastante procurado para reuniões “por parte de grupos estrangeiros neste bloco de aviação executiva e em Congonhas”.
O Aeroporto de Marabá – João Corrêa da Rocha realiza importante papel na integração regional e nacional ligando Marabá direto com as principais cidades do Pará, bem como, às capitais brasileiras.
O Aeroporto de Marabá foi nascendo aos poucos, atendendo as demandas da população marabaense e região. Primeiro foi criado um campo de pouso que depois passou para categoria de aeródromo até se transformar em aeroporto.
A primeira pista, situada no mesmo local da atual, com 400 metros de comprimento, foi inaugurada em 17 de novembro de 1935, com o pouso do Monomotor Waco CSOC-27, do Correio Aéreo Militar, pilotado pelo Coronel Lysias Rodrigues.
Dados obtidos pelo Portal Correio junto à Infraero mostram que, ao longo do ano de 2021, o aeroporto de Marabá registrou 5.397 pousos e decolagens de aeronaves de pequeno, médio e grande porte. Em 2020 o número de pousos e decolagens era de 4.519, ou seja, mais de 800 aeronaves a menos chegando ou saindo da cidade.
Os números de 2019 apontam que, por causa da pandemia do novo coronavírus, os dois últimos anos foram de queda em relação a 2019, quando foram registrados 6.071 pousos e decolagens do Aeroporto de Marabá. Mas
Mas, mesmo antes da pandemia, a queda no número de voos já era sentida. Em 2018, o Aeroporto de Marabá havia registrado 6.835 pousos e decolagens de aeronaves, mais de 700 em relação a 2019. E o que dizer dos números de 2017, quando houve 7.134 aeronaves subindo e descendo dos céus marabaenses? (Ulisses Pompeu – com informações da Infraero).