Correio de Carajás

Justiça mantém na cadeia bacharel em Direito que atirou na Velha Marabá

Foto: Divulgação

A juíza Aline Cristina Breia Martins, respondendo pelo plantão da Comarca de Marabá, homologou a prisão em flagrante de Emanuel Maravilha Santis, de 33 anos, e a converteu em preventiva em decisão publicada nesta quinta-feira (10). Emanuel, que é bacharel em Direito, foi preso na manhã de terça (8), por volta das 10h30, após efetuar disparo de arma de fogo em via pública no Bairro Francisco Coelho, na Marabá Pioneira.

De acordo com o registrado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde ele foi apresentado pela Polícia Militar, Emanuel estaria nas redondezas de um estabelecimento localizado na Rua 27 de Março, ameaçando outras pessoas quando, sem motivação aparente, teria efetuado um disparo, deixando o projétil da arma incrustado na parede do estabelecimento.

Quando os policiais militares chegaram ao local, localizaram Emanuel e o revistaram, mas não encontraram a arma utilizada por ele. Testemunhas, contudo, relataram à guarnição que o homem havia entregado a arma para outras pessoas não identificadas que saíram antes da chegada dos militares.

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Para mantê-lo preso, a juíza levou em consideração a gravidade do crime, afirmando que, segundo as testemunhas, o acusado não demonstrou qualquer freio social quando, em tese, ameaçou outras pessoas no local dos fatos. Além disso, pesou contra ele a certidão de antecedentes criminais. De acordo com a magistrada, Emanuel é contumaz na prática criminosa, possuindo várias ações penais registradas em seu desfavor e, inclusive, uma delas também envolve armamento.

Para a juíza, isso demonstra, nesta fase processual, “sua periculosidade para a comunidade de Marabá, uma vez que faz do crime, aparentemente, uma rotina em sua vida”. Em 2014, por exemplo, ele foi preso em Augustinópolis, onde cursava Direito, também como suspeito de posse ilegal de arma de fogo, além de receptação, falsificação de documento público e adulteração de sinal identificador de veículo.

Nesta semana, ao ser detido na Marabá Pioneira, conforme o delegado Vinicius Cardoso das Neves, superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, o projétil supostamente disparado por ele foi localizado e recolhido, sendo encaminhado para o Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. “A pessoa conseguiu se livrar da arma, mas foi presa em flagrante pelo disparo”, afirmou. (Luciana Marschall)