A convivência a dois muitas vezes “não é fácil”. É o que demonstram os relatos, cada vez mais frequentes, de violência física e verbal nos relacionamentos amorosos, que muitas vezes terminam de forma trágica, com assassinatos ou suicídios. Wilkens Alves dos Santos, 44 anos, foi morto com uma facada no pescoço pela própria companheira, Raika Carla Souza Araújo, também de 44 anos, que confessou o homicídio. O caso ocorreu na quinta-feira, 3, em Tucumã, região sul do Estado.
O corpo de Wilkens foi encontrado ensanguentado na cama do casal, que convivia há aproximadamente sete meses. O cadáver apresentava uma profunda perfuração no pescoço. A suspeita da autoria do crime recaiu sobre a companheira da vítima, que após ser conduzida à Delegacia de Polícia Civil de Tucumã, confessou o delito. A mulher alegou que atingiu o companheiro “acidentalmente”, após ele ter gritado com ela e que apenas esboçou um movimento com a faca para que ele se afastasse.
A versão apresentada pela mulher não convenceu o delegado Rafael Machado, que deu voz de prisão para a acusada. Ela ficará à disposição da justiça, aguardando julgamento. A polícia suspeita que o homem teria sido golpeado enquanto dormia, já que o corpo foi encontrado estirado na cama. Carla disse que era frequentemente agredida verbal e fisicamente pelo companheiro, porém, ela nunca registrou boletim de ocorrência relatando as supostas agressões.
Carla afirmou, em entrevista à emissora local do SBT, que a convivência com Wilkens era conflituosa, com corriqueiras discussões, quase sempre motivadas por ciúmes por parte do companheiro. “Ele me agredia direto. Ele era ciumento e agressivo, mas nunca tive plano de fazer isso”, disse.
Testemunhas também relataram que o casal mantinha um relacionamento conturbado, com repetidas brigas, o que presumivelmente levou ao trágico fim de Wilkens. (Delmiro Silva, com informações de Juscelino Show)