“Quem não chora não mama”. Esse dito popular costuma ser aplicado no futebol. Prova disso é o que aconteceu esta semana. A presidência da Federação Paraense de Futebol (FPF) decidiu suspender o jogo entre Independente e Paysandu, válido pela terceira rodada do Parazão 2022 por causa das péssimas condições do gramado do Estádio Navegantão. A decisão veio depois de uma declaração do técnico do Paysandu, Márcio Fernandes, soltou o verbo a respeito dos campos da competição.
Conforme noticiado por este CORREIO, Márcio Fernandes mandou o seguinte recado para os dirigentes da FPF, que organiza o Parazão: “Precisam rever isso para o campeonato ficar melhor”.
Não é segredo que a FPF, assim como outras federações e a própria CBF, costumam dar mais ouvidos os chamados “times grandes”, como é o caso de Paysandu e Remo aqui no Pará. Talvez se a declaração tivesse saído da boca do treinador de um Itupiranga ou um Caeté (só para citar times mais novatos), a suspensão não teria ocorrido.
Leia mais:Mas, como foi o Paysandu quem se manifestou publicamente, a FPF enviou a Tucuruí o engenheiro agrônomo Raimundo Mesquita, membro da Comissão de Inspeção de Estádios desta FPF, que ao analisar o estado do gramado do Estádio Antônio Dias (Navegantão), junto com a secretária de Juventude e Esporte de Tucuruí, Mariana Barros, e equipe técnica do Estádio, emitiu Parecer Técnico considerando-o impraticável e sem condições para a realização do jogo entre Independente x Paysandu
De acordo com nota oficial da FPF, assinada pela presidenta interina, Graciete Maués, a federação se ancorou nas imagens do jogo Independente x Itupiranga, realizado no último dia 30, para enviar o engenheiro até Tucuruí.
O jogo do Paysandu com o Independente seria neste sábado (5), mas será remarcado para nova data pela Diretoria de Competições, no mesmo local. Ou seja: o que a FPF espera que é o gramado passe por reformas, porque, do jeito que está, o campo de jogo não garante a integridade física dos atletas e ainda prejudica o aspecto técnico do jogo. (C. F.)