A Polícia Civil iniciou as investigações no sentido de esclarecer os assassinatos de José Gomes, conhecido como Zé do Lago, de sua esposa Márcia Nunes Lisboa e da filha Joane Lisboa, de 19 anos. Os corpos foram encontrados no domingo, 9, na propriedade da família, que morava nas margens do Rio Xingu, na região de Bom Jesus, perto da reserva indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu, sul do Estado. A família desenvolvia um projeto de criação de quelônios.
O delegado José Carlos Rodrigues, titular da Superintendência Regional da Polícia Civil no Alto Xingu, informou que as equipes policiais estiveram no local do crime em busca de pistas que possam auxiliar nas investigações. Também foram colhidos relatos de familiares das vítimas e de testemunhas. Segundo o agente policial, os corpos foram achados em avançado estado de composição e no local foram encontradas várias cápsulas de pistola 380.
O delegado José Carlos Rodrigues observou ainda que a localidade onde as vítimas moravam, a cerca de 80 km da área urbana e de difícil acesso, não é considerada uma região de conflitos agrários e que as vítimas não desenvolviam nenhuma atividade reconhecida como de risco, que “justificasse” a chacina. Mesmo assim, uma das principais linhas de investigações é que o triplo homicídio possa ter relação com o projeto ambiental de criação de quelônios e repovoamento do Rio Xingu, que a família desenvolvia na região.
Leia mais:“A Polícia Civil pede que quem tiver informações que possam auxiliar nas investigações desse caso que entre em contato conosco. Qualquer informação que ajude nas investigações será muito bem vinda e devidamente apurada. A identificação do denunciante será mantida absoluto em sigilo”, disse o delegado José Carlos Rodrigues, em entrevista à emissora local do SBT. O caso ganhou repercussão na mídia nacional e internacional.
Informações que possam auxiliar nas investigações sobre o crime podem ser repassadas as autoridades pelo Disque-Denúncia, através do número 181. (Delmiro Silva, com informações de Juscelino Show)