As buscas pelos desaparecidos no naufrágio com uma embarcação com 13 pessoas que afundou no Rio Araguaia, em Santana do Araguaia, sul do Estado, foram encerradas na terça-feira, 4, conforme informou o Corpo de Bombeiros. A embarcação afundou no último dia 27 de dezembro. Seis pessoas foram resgatadas com vida por pescadores e ribeirinhos, que localizaram o cadáver de uma criança de três anos; outros três corpos foram encontrados durante as buscas e outras três continuam desaparecidas.
A tragédia ocorreu quando as treze pessoas, supostamente da mesma família, retornavam numa embarcação, tipo voadeira, de uma celebração alusiva ao Natal, numa das ilhas no Rio Araguaia, na região de Barreira de Campo, que fica localizada a cerca de 52 km da sede do Município de Santana do Araguaia. O caso, que teve grande repercussão, está sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil.
As buscas foram iniciadas no dia 28 de dezembro, envolvendo as equipes do 10º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Pará (CBMPA); mergulhadores do Grupamento Marítimo Fluvial do Corpo de Bombeiros; sobrevoos com aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp); Capitania dos Portos da Marinha do Brasil; Polícia Militar; Secretária Municipal de Meio Ambiente; Defesa Civil Municipal; Prefeitura Municipal, além de Associação de Barqueiros, ribeirinhos e pescadores, que conhecem a área e utilizaram suas próprias embarcações nas buscas.
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As três vítimas que tiveram os corpos localizados durante as buscas são: Ezequiel Costa Silva, conhecido como “Tatu”, de 34 anos; Pietro, de oito anos e Marcelo dos Santos Abreu, de 30 anos, encontrado no último domingo (2), além da criança, que teve o corpo localizado horas após o náufrago; as três vítimas que não tiveram os corpos encontrados são: Cristiane dos Santos; Gleiciane dos Santos Abreu e Ana Vitória, de sete anos. Ribeirinhos e pescadores informaram que continuarão procurando pelos desaparecidos.
Segundo o sargento Matos, do 10º Grupamento do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, de Redenção, as principais dificuldades enfrentadas durante os oito dias de buscas foram a visibilidade zero da água em relação ao mergulho, galhos e espinhos da vegetação, correnteza muito forte e mal tempo, com chuvas constantes. “Mesmo diante de todas essas dificuldades fizemos um excelente trabalho, usando todos os recursos possíveis, mas infelizmente não conseguimos ter êxito total, pois não foram encontrados três corpos”, disse.
(Delmiro Silva)