A chuva que insiste em cair desde a noite desta quinta-feira (30) elevou o nível do Rio Tocantins, que superou a cota de alerta de enchente, atingindo 10,08 metros no final da manhã desta sexta (31), último dia de 2021. Assim como hoje, sexta (31), a equipe do Correio de Carajás esteve na terça (28) na régua fluviométrica que marcava, naquele momento, 9,02 metros no nível do Rio Tocantins, ou seja, houve aumento de 1,06 metro em três dias. Em 1º de dezembro, o nível era de 4,71 metros.
Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a previsão é chover entre 30 e 60 mm por hora ou 50 e 100 mm por dia das 11h10 às 23h59 desta sexta. Foi emitido alerta, ainda, de risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas em decorrência das chuvas intensas.
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Na Região Norte, conforme o boletim meteorológico semanal, os maiores acumulados de chuva deverão se concentrar no Pará, Tocantins e em Rondônia, com valores entre 80 e 100 mm, podendo alcançar 200 mm em áreas pontuais.
O Correio de Carajás entrou em contato com a Defesa Civil de Marabá após passar pela régua, mas o órgão ainda não estava ciente do rápido aumento do nível. Em seguida, a coordenação confirmou a marca, mas não atualizou, conforme solicitado, as ações que estão sendo desenvolvidas em prol das famílias que poderão vir a ser afetadas.
No início da semana, o órgão previu grande cheia em 2022 e informou estar trabalhando em busca de locais para abrigos e enviando ofícios aos parceiros da Prefeitura Municipal para o caso de haver famílias desabrigadas.
Marabá, até o dia 27 de dezembro, registrou volume de chuva de 396mm, 100 a mais do previsto para dezembro. No final de semana do Natal, o mal tempo causou destruição em vários pontos da cidade, alagando ruas, destelhando casas e arrancando árvores.
No dia 28 (terça), a Eletronorte divulgou Boletim Informativo de Vazões e Níveis do Rio Tocantins o qual apontava que nas cidades de Tucuruí e Marabá os níveis eram de, respectivamente, 4,48 metros e 8,94 metros. Na ocasião, o boletim previa que ultrapasse seu nível crítico, que é de 10 metros, até esta sexta, quando pode chegar à cota de 10,30 metros. (Luciana Marschall e Ana Mangas)