Acusado de integrar a organização criminosa que matou o empresário Diogo Sampaio de Souza, o “Diogão”, o policial militar Diego Silva dos Santos foi posto em liberdade esta semana. Ele estava preso junto com outros cinco envolvidos no crime, desde o dia 28 de outubro deste ano. O assassinato foi praticado no dia 20 de setembro de 2020. Antes de Diego, outro policial militar também acusado de envolvimento no crime, Rafael Bizerra da Silva, também já havia ganhado o direito de responder ao crime em liberdade.
De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, Diego é acusado de realizar o monitoramento da vítima durante todo o dia do crime. Diego foi lotado na 1ª Companhia Independente de Missões Especiais (CIME), em Marabá, mas quando foi preso já tinha sido transferido daqui, para Afuá, região do Marajó.
Procurado pelo CORREIO para falar sobre a soltura de seu cliente, o advogado Arnaldo Ramos disse que não se manifesta sobre processos que tramitam em segredo de Justiça.
Leia mais:Mas, por outro lado, nossa reportagem conseguiu apurar que o policial terá de cumprir certas medidas para continuarem liberdade, como, por exemplo, não portar arma de fogo e terá de usar tornozeleira eletrônica, que servirá inclusive para saber se ele vai se ausentar do domicílio, se aproximar de testemunhas, ficar na rua depois das 22h, entre outras medidas cautelares.
A reportagem apurou também que, na decisão judicial, o fato de Diego ser policial militar pesou contra a revogação da prisão porque poderia gerar um temor reverencial na população, mas também pesou favoravelmente no sentido de ele possuir domicílio legal, possibilitando sua localização, intimação ou nova prisão cautelar, acaso descumpra as condições para sua liberdade. (Chagas Filho)