Doze passagens pela polícia. Este era o cartel de Mateus Aguiar Santos, de 20 anos de idade. Pois bem, ele não existe mais. Mateus foi encontrado morto na manhã desta quarta-feira (8) em uma das ruas do Bairro Araguaia, periferia da Nova Marabá. Uma bala na cabeça, em clara demonstração de execução, pôs fim à vida de crimes que ele levava. Mas isso não quer dizer que a sociedade está mais segura. Por isso mesmo, o Departamento de Homicídios da Polícia Civil vai investigar o caso.
De acordo com o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, titular da Delegacia de Homicídios, a DP especializada foi informada, por meio da equipe plantonista de Marabá, sobre o homicídio ocorrido na rua paralela à Avenida das Torres, bairro Araguaia (conhecido como ocupação da Fanta). Não havia muitos populares no local, provavelmente em virtude da forte chuva que caiu sobre a cidade na manhã de ontem.
A vítima não portava documento de identificação, mas de imediato os policiais suspeitaram que se tratava de Mateus, pois ele já tinha várias passagens pela polícia, de modo que já era figura bastante conhecida no meio policial.
Leia mais:“Segundo informações preliminares da perícia, Mateus foi vítima de um disparo de arma de fogo na cabeça por volta das 3h e 4h da madrugada. As investigações continuam para saber as circunstâncias do delito rumo à autoria”, declarou o delegado, por telefone, em resposta a este CORREIO.
Crimes
A última prisão de Mateus aconteceu no dia 28 de setembro deste ano. Em companhia de mais três elementos, ele assaltou uma loja de equipamentos militares na Nova Marabá. Mas acabou preso em companhia de um comparsa, em uma moto roubada. A prisão aconteceu justamente no Bairro Araguaia, local onde ele morreria 71 dias depois.
Antes disso, outra passagem famosa de Mateus ocorreu em março do ano passado. Depois de cometer um furto na Folha 29, ele foi descoberto em Morada Nova e levou uma surra de populares. Só não morreu porque a Polícia Militar agiu rápido e o levou para a delegacia de Polícia Civil, sendo encaminhado a audiência de custódia, onde foi liberado pelo Poder Judiciário.
Ou seja, naquele dia Mateus escapou de um linchamento e também da prisão. Mas agora não conseguiu escapar de pessoas iguais a ele.
(Chagas Filho)