O militar do Exército Alisson Henrique Ferreira Braz finalmente se entregou à polícia. Ele é o motorista do automóvel que atropelou Maykon Douglas Santos Souza, o Mayquinho, na noite do último dia 14. A apresentação na delegacia aconteceu no início da noite de terça-feira (30) após seu carro, um Chevrolet Ônix de cor branca, ter sido encontrado em uma oficina na Avenida Araguaia, em Morada Nova, passando por reparos.
O caso está sendo investigado pelo delegado Pedro Marinho, mas quem atendeu a ocorrência foi o delegado Lênio Duarte, que estava de plantão. O policial explicou que o acusado foi dispensado, por enquanto, porque é militar do Exército, e a apresentação dele na delegacia será solicitada formalmente ao comando do 23º BLog, onde o acusado é lotado.
O que chama atenção nesse caso é que, além de fugir do local do acidente (Km 7), sem prestar socorro à vítima, o militar do Exército já estava consertando o veículo, para que nenhuma suspeita pairasse sobre ele.
Leia mais:Denúncia anônima
A polícia chegou ao acusado após uma denúncia anônima de que o carro estaria em uma residência no Bairro Jardim do Éden, em Morada Nova. Diante disso, a equipe da Polícia Militar – sargento Morais, cabos Lucas e Frazão, e os soldados, Max Well e Alex Marques – se deslocou até o endereço indicado e encontraram Antônio Francisco Silva de Souza, padrasto de Alisson.
Aos policiais, ele confirmou que o carro passou por lá, mas que o enteado teria levado o veículo para uma oficina de lanternagem. Francisco admitiu que Alisson se envolveu no acidente que tirou a vida de Mayquinho.
Francisco passou o endereço da oficina e a equipe policial encontrou o veículo envolvido no acidente passando por serviços de reparo, tendo inclusive as duas portas do lado do motorista já trocadas. Além disso, o paralama dianteiro também estava passando por serviços de lanternagem.
A equipe policial realizou a retirada do automóvel da oficina e encaminhou até a 21ª Secional de Polícia Civil. E ao chegarem à delegacia, encontraram Alisson Henrique se apresentando espontaneamente às autoridades. (Ana Mangas colaboraram Evangelista Rocha e Chagas Filho)