Márcio Alves de Jesus, presidente afastado do Sindicato dos Empregados no Comércio de Marabá e Sul e Sudeste do Pará (Sindecomar), entrou com pedido de Tutela Antecipada na justiça solicitando a restituição do cargo imediatamente. Contudo, a juíza Amanda Cristhian Gomes Mendonça, titular da 2ª Vara do Trabalho de Marabá, negou o pedido e Márcio segue longe da presidência da entidade sindical.
No documento judicial, a magistrada entende que a decisão foi tomada dentro da forma e da competência definidas pelo Estatuto do sindicato, que decidiu pelo afastamento temporário do presidente, com uma votação que contou com a maioria absoluta dos membros.
Márcio Alves foi afastado em caráter cautelar e preventivo pelo prazo de 60 dias. A reunião que definiu a decisão, realizada no último dia 18 de outubro, aconteceu após suspeitas de prática de diversos crimes cometido pelo presidente, enquanto esteve à frente da entidade.
Leia mais:A magistrada afirma que a decisão não impede que, apresentados elementos, especialmente após as fases de defesa e instrução, possa ser revista.
O advogado criminalista Ulisses Viana Maia defendeu os interesses das pessoas físicas da Diretoria Executiva, e o advogado trabalhista Rodrigo Botelho atuou na defesa do Sindecomar como pessoa jurídica. Márcio Alves é acusado de movimentar, em sua conta pessoal, via transferência das contas do Sindecomar, em torno de R$ 253 mil.
Ao Portal Correio de Carajás, Luciana Ferreira, que faz parte da Diretoria Executiva do Sindecomar, disse que nesta quarta-feira (3) a presidente interina, Tamara Rodrigues, teve acesso às contas bancárias da entidade.
“Na segunda-feira (1º de novembro) conseguimos retomar o acesso ao sistema que utilizamos – e que foi bloqueado diversas vezes por Márcio – para fazer o cadastro das empresas, do trabalhador e emissão de boletos”, revelou.
Luciana explica que nesta quinta-feira (4) a presidente solicitará o extrato da conta bancária desde fevereiro, quando Márcio assumiu a presidência do Sindecomar. (Ana Mangas)