A Vigilância Sanitária de Marabá está monitorando permanentemente os casos de coronavírus e também o número de pacientes internados no Hospital Municipal de Marabá. Com o recrudescimento da doença, nos últimos meses, foi possível liberar a realização de shows, por exemplo, além do funcionamento de bares.
Todavia, o coordenador da Vigilância Sanitária, Daniel Soares, adverte que o Decreto que permitiu a realização de shows limitou que o número de pessoas nos locais deve obedecer à limitação de 40% da capacidade.
Além disso, Soares revelou, em entrevista ao Podcast Lugar de Debates, da Câmara Municipal de Marabá, recentemente, que sua equipe já estuda desobrigar o uso de mascará em locais abertos, principalmente, mas sem data ainda para essa mudança radical. A gente entende que fica a critério de cada a utilização desse equipamento, já que tempos a vacinação bastante avançada e diminuição no número de casos da doença”, justifica ele.
Leia mais:Mas, qualquer mudança, ele explica, precisa ser avaliada previamente pelo Comitê Municipal de Monitoramento da covid-19 depois homologado pelo prefeito por meio de decreto.
Voltando à liberação de shows, Daniel Soares ressalta que o primeiro a ser realizado nesta fase da pandemia foi o do cantor João Gomes, na Vila Sororó, para o qual foi deslocada uma equipe técnica para monitorar se a quantidade de pessoas no evento condizia com os 40% do decreto municipal. “Acompanhamos a bilheteria, produzimos relatórios e enviamos ao Ministério Público Estadual. Logo depois veio o show do Zé vaqueiro e da Manu Batidão. Neste último, verificamos que houve uma pequena confusão no final, mas foi tudo resolvido pela equipe e pela organizadora.
Em relação ao show de Zé Vaqueiro, a Vigilância Sanitária alertou que o local original que estava programado não seria liberado. A organização acatou e mudou para outro espaço, mais aberto. “Eles acabaram acatando essa nossa orientação e mudaram para o Parque de Exposição que é um ambiente ainda maior, então eles delimitaram uma área e foi possível realizar esse evento com 40% do público. Quem avalia a capacidade é o Corpo de Bombeiros”, explica.
Com os shows privados sendo realizados em vários pontos da cidade, Daniel Soares não vê motivos para a Prefeitura não realizar o show da virada, que acontece tradicionalmente para receber o novo ano, na noite de 31 de dezembro. “Mas, essa decisão cabe ao prefeito, que é bastante cauteloso na questão da preservação da saúde das pessoas”, destaca.
Por fim, ele relembra que sua equipe teve bastante trabalho nos meses mais rígidos da covid-19, tendo sido até mesmo hostilizadas em várias ocasiões. “O segmento dos bares, que tínhamos de fechar, foi o que deu um maior estresse para a minha equipe, porque era muito difícil fazer isso e precisávamos fechar distribuidoras, bares e restaurantes no horário que eles estavam com o público maior, mas o decreto tinha que ser cumprido e eu sou muito legalista nesse ponto”.