Um laboratório móvel. Assim é descrita a “Carreta da Construção Civil” que possui quase 100m² e os equipamentos necessários para a formação de estudantes dos cursos de graduação em Engenharia Civil e Arquitetura e Urbanismo. Além dos cursos de nível superior, o projeto ofertará gratuitamente qualificação profissional para a comunidade do local onde a carreta estacionar.
O projeto é uma parceria entre a Universidade do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), e na manhã desta quarta-feira (22) representantes das duas instituições estiveram reunidas no Auditório do Campus III da Unifesspa, em Marabá, para falar sobre a assinatura do Protocolo de Intenções para a construção do Polo de referência em construção civil.
Mais de 40 cursos voltados para a construção civil, como: mestre de obras, pedreiro, pintor, encanador, instalador hidráulico entre outros serão ofertados pelo projeto.
Leia mais:Carlos Maviael, professor e um dos responsáveis pela carreta, explica que a o laboratório móvel irá passar em cada cidade baseando-se na necessidade de capacitar quem não consegue ter acesso a um curso de nível superior ou profissionalizante.
“Temos também um projeto que ajuda na pavimentação da cidade. Baseado nas cidades demandas da cidade, que a prefeitura envia, a gente alinha o trabalho e fica 15 dias no local. Nesse período saímos pavimentando as ruas, além de capacitar, vamos transformar a vida com políticas públicas para a região”, explica o engenheiro civil e professor.
Com o convênio entre Governo do Estado e a Universidade, a partir do próximo ano as prefeituras já podem entrar em contato com a Sectet. “Esse diálogo é entre a própria prefeitura, que levanta a necessidade e encaminha à secretaria”.
De acordo com o secretário da Sectet, Carlos Maneschy, a parceria com a Unifesspa é sobretudo um grande investimento. Para ele, é importante capacitar as pessoas. “Estamos transformando o Pará. A educação é fundamental para isso e o governo se junta a universidade no sentido de apresentar à sociedade algumas alternativas”, explica o secretário, logo em seguida, exemplificando.
“A primeira delas é a formação profissional em nível superior. As unidades fazem isso, essa é a missão principal delas. O estado coloca recursos de tal maneira que as universidades possam sair do lugar onde elas estão localizadas para ofertar cursos superiores em outras cidades”.
Ao Correio de Carajás, Maneschy explica que a segunda alternativa é trabalhar a formação profissional, levando cursos de capacitação e qualificação técnica. “Precisamos formar mão de obra que seja capaz de responder aos vários projetos que estão sendo implantados e que precisam de pessoas capacitadas para atender essa demanda”.
O reitor da Unifesspa, em Marabá, Francisco Ribeiro, afirma que essa parceria é extremamente relevante e o financiamento desses projetos de pesquisa dos cursos de graduação tem ajudado para a democratização do ensino superior na nossa região. “Tem ajudado na expansão do conhecimento. Universidade fora dos muros. Vamos levar a instituição para quem mais precisa”, finaliza Ribeiro. (Ana Mangas, com informações de Zeus Bandeira)