“O Pará é o meu país”. Essa foi a frase mais forte dita por Emanuella Tenório Rocha, a Manu Batidão, durante uma entrevista exclusiva concedida aos veículos de comunicação do Grupo Correio, na noite deste sábado (18). A cantora de tecnomelody se apresentou no Arena Chopp, em Marabá, lotando a casa para o seu show “Baú da Manu”, que foi apresentado pelo locutor Leverson Oliveira, da Rádio Correio FM, Angélika Freitas, diretora de Jornalismo da TV Correio Marabá, e João Bosco, personagem de Cristiano Rabello.
Manu nasceu no Alagoas, mas desde 2009 – quando se mudou para Belém – considera o Pará o seu lar. Durante a entrevista, ela exaltou diversas vezes o Norte, principalmente a culinária, que foi o que mais chamou sua atenção ao chegar. “O Pará tem muitas peculiaridades, mas, uma que me apaixonei foi a culinária. A minha comida favorita é o charque com açaí”, apontou com um sorriso ao lembrar-se do sabor.
A música também despertou a atenção de Manu, que se encantou com o tecnomelody e as possibilidades que ele permitia criar. “É um ritmo que mistura de tudo um pouco, principalmente, música eletrônica, isso é muito interessante”, conta Manu, que deu vida à Banda Batidão, responsável pelo seu crescimento no Pará.
Leia mais:A cantora mantém residência em Goiânia/GO, mas, revela que todos a conhecem como a “menina do Pará”, até mesmo artistas sertanejos, ritmo que domina o Goiás. “É uma honra ser reconhecida dessa forma, como alguém que representa a nossa terra, o Pará”, comenta.
Apesar do sucesso do ritmo, Manu relembra que o tecnomelody ainda é muito marginalizado e que momentos como o seu show em Marabá, que teve casa cheia, são presentes frutos da evolução e da inclusão do seu público.
Inclusive, Manu já esteve diversas vezes em Marabá e destacou o público LGBTQIA+, pelo carinho e apoio que dão a ela. “É um público que me acompanha há muitos anos”, menciona.
Sobre os impactos da pandemia, a estrela do tecnomelody confessa que não gosta de reclamar e que tirou muitos aprendizados desse período tão difícil, como se reinventar. Ela relembra que foi uma das primeiras artistas a fazer uma live, e que não foi nada fácil. “Na minha casa estava sem luz, meu marido e uma amiga que seguravam os celulares para filmar, eu estava usando uma peruca, que arrastava no chão, foi complicado. Mas, eu precisava falar com meu público e mostrar que estava tudo bem, que eu continuava ativa”, relembra Manu, com algumas risadas sobre os perrengues para fazer a live.
O Correio de Carajás ainda tinha muitas perguntas para Emanuella, porém, de dentro do camarim ouvimos Angélika anunciando a diva e uma gritaria do público frenético pelo show fez com que a equipe se apressasse. Mas, houve tempo para uma última pergunta.
Ela finalizou a entrevista deixando um recado para os novos artistas marabaenses. “Pode parecer clichê, mas vou dizer: persistam! Deem o seu melhor, que a sua hora vai chegar. Se ajudem, se unam, pois, com o carinho e a empatia o sucesso vem mais rápido”, encerrou Manu, já colocando o fone de retorno no ouvido e pegando o microfone para ir ao palco.
A abertura do show foi emocionante e o público ficou frenético ao ver Manu, entoando junto com ela a letra de “Par Perfeito”, o hit que abriu o show. Um detalhe que vale destacar, é que em um determinado momento do concerto, ela foi até o público da pista, que estava mais distante, e cantou pertinho deles. Em seus stories, depois do show, Manu se desculpou por não poder ter recebido os seus fãs e destacou esse momento. “Eu quis estar perto de vocês, olhando no olho”, disse ela, que logo pegaria a estrada para ir a Belém. (Zeus Bandeira)