O calor do verão amazônico tem levado milhares de pessoas ao principal balneário de Marabá desde o início das férias de julho. A Praia do Tucunaré, além de ter uma localização privilegiada – fica em frente a Orla da cidade – é ponto certo para turistas de toda a região durante o período do veraneio. Porém, este ano, os altos preços dos produtos comercializados pelos barraqueiros têm espantado o público que visita o o balneário.
Diversas postagens e áudios divulgados nas redes sociais revelam a indignação dos consumidores. Na maioria deles, há comparação entre os preços dos produtos comercializados em supermercados da cidade e os valores praticados no balneário. “Daí você pergunta: quanto está a Coca-Cola de 2 litros, veja os valores: Coca-Cola de 2 litros é R$12, de 1,5 litros por R$10, e o refrigerante em lata palito, por R$5. Cara, fui embora daquela praia na mesma hora!”, reclamou no Facebook o internauta Wagner de Melo. Ele, como tantos outros marabaenses, cobram a presença da equipe de fiscalização do Procon no local.
Quem reclama se diz explorado pelos barraqueiros, que chegam a cobrar R$70 em pratos preparados com peixes que custam, em média, R$17. Esse cenário, na opinião dos queixosos, acaba afugentando os próprios moradores da cidade ou forçando-os a levar comidas e bebidas de casa para fugir dos preços altos. Também afastam os turistas, que ainda carregam a “má fama” do abuso de preços para fora de Marabá.
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Dentre as reclamações dos banhistas e turistas, está a manipulação inadequada de alimentos. Muitos relataram ter visto pessoas preparando os pratos sem luvas e toucas. Para fiscalizar este tipo de situação, equipes da Divisão de Vigilância Sanitária tem acompanhado o manuseio e o preparo dos alimentos comercializados pelos ambulantes e barraqueiros. Todos os ambulantes e barraqueiros que têm licença para atuar no balneário, tiveram que fazer o Curso de Manipulação de Alimentos oferecido pela Divisa.
Procon
Procurada pela reportagem, Zélia Lopes, coordenadora do Procon municipal, informou que o órgão não recebeu nenhuma denúncia quanto a abusividade de preços praticada no balneário. “É tão delicado isso, porque as pessoas acham que o Procon tem competência para impor preço”, lembra. Embora, o órgão não tenha esse papel, ele pode checar se os valores praticados no balneário estão sendo abusivos.
Pensando nisso, a entidade realizará nesta quinta (12) e sexta-feira (13) um levantamento dos valores de alimentos e bebidas junto a fornecedores do município, para servir de base à fiscalização que será realizada no próximo fim de semana na Praia do Tucunaré. A coordenadora aproveita para incentivar quem se sentir lesado a procurar o Procon para registrar quaisquer situações de desrespeito ao Código de Defesa do Consumidor. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)