Correio de Carajás

Americana cruza os punhos em 1ª manifestação nos pódios das Olimpíadas

Raven Saunders, conhecida como 'Mulher Hulk' e lésbica, diz que protestou em prol dos oprimidos. Comitê Olímpico Internacional, que não permite manifestações desse tipo, ainda não se pronunciou.

A norte-americana Raven Saunders protagonizou a primeira manifestação durante as premiações dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Prata no arremesso de peso feminino, ela ergueu os braços e cruzou os punhos sobre a cabeça ao subir no pódio.

Segundo Raven, conhecida como “Mulher Hulk” e lésbica, o gesto foi em prol dos oprimidos que lidam com fardos muito maiores dentro e fora do esporte. O “X” representaria o destino comum onde os oprimidos se encontram.

Saunders dividiu o pódio com a chinesa Lijiao Gong, que ficou com o ouro, e Valerie Adams, da Nova Zelândia, terceira colocada.

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Grito para todos os meus negros. Grito para toda a minha comunidade LGBTQ. Grito para todos os meus funcionários que lidam com saúde mental. Para mostrar aos mais jovens que não importa em quantas caixas eles tentem encaixar você, você pode ser você e pode aceitar isso. As pessoas tentaram me dizer para não fazer tatuagens e piercings e tudo isso. Mas olhe para mim agora, e estou brilhando.

 

Aos 25 anos, Saunders é um dos cerca de 180 atletas LGBTQIA+ que competem nas Olimpíadas de Tóquio, de acordo com o site Outsports.

O Comitê Olímpico Internacional ainda não se pronunciou sobre a manifestação de Raven Saunders. A entidade anunciou antes dos Jogos que iria permitir alguns tipos de protestos, mas não poderia haver manifestação política nas cerimônias de abertura ou encerramento, durante as disputas ou no pódio.

Histórico de protestos nas Olimpíadas

 

Os historiadores consideram que os protestos nos pódios começam em 1968, na Cidade do México, quando dois atletas dos Estados Unidos, Tommie Smith (ouro) e John Carlos (bronze), levantaram os punhos no pódio durante a execução do hino do país deles.

(Fonte:G1)