O brasileiro Hugo Calderano, de 25 anos, cabeça de chave número 4 da chave de simples de tênis de mesa, foi derrotado pelo alemão Dimitrij Ovtcharov nas quartas de final da competição nesta quarta-feira. Minutos após a derrota por 4 a 2, de virada, o mesa-tenista se emocionou em entrevista e explicou a importância de se reinventar após o revés:
– É muita dor, claro. Perder um jogo assim, em uma Olimpíada. Faz parte do esporte, é importante sentir a dor da derrota e voltar cada vez mais forte. Tenho certeza que vou voltar mais forte. É importante sofrer bastante com a derrota, porque aí dá para esquecer mais rápido. Sempre consegui deixar para trás minhas derrotas – disse.
Constante, agressivo e concentrado, Hugo Calderano não deu chances para o alemão nas duas primeiras parciais e início da terceira. Ali, o alemão fez uma sequência de sete pontos seguidos, e virou um set de 4-8 para 11-8. O jogo tomou uma outra forma a partir de então e Dmitrij passou a dominar os embates, vencendo três parciais consecutivas.
Leia mais:– Eu não consegui manter a regularidade, nem o mesmo nível que comecei a partida. Ele se adaptou ao meu jogo, não consegui achar meu nível mais alto – disse Hugo, sobre a mudança abrupta da partida.
– Acho que o Hugo começou muito bem, agressivo, e o alemão não conseguia respirar. Mas ele é um dos melhores do mundo, tem medalha olímpica, sabe jogar, sabe competir, e ele trabalhou bastante para mudar o ritmo do jogo. Ele mudou a profundidade da recepção, sacou diferente, e o Hugo não conseguiu manter o nível do início. Temos que reconhecer que o alemão jogou melhor – disse o técnico do Hugo Calderano, o francês Jean-René Mounie.
Quando chegou às quartas de finais, com duas vitórias obtidas na terça-feira, Hugo Calderano já tinha superado o melhor desempenho da história do país na modalidade. Até então, as oitavas de final do próprio Hugo em 2016 e de Hugo Hoyama em 1996 eram os principais resultados.
Hugo Calderano segue em Tóquio para a disputa da competição por equipes. A partir de domingo, ao lado de Gustavo Tsuboi e Victor Ishiy joga a competição na qual o país é cabeça-de-chave número 6. A estreia é contra a Sérvia. (Fonte:G1)