Correio de Carajás

Queiroga deverá passar de testemunha a investigado pela CPI da Covid

Relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentará ao G7 uma lista de testemunhas que deseja tornar investigados. Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga é um deles

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pode deixar a condição de testemunha e se tornar investigado pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid-19 no Senado. Essa é a intenção do relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ele deverá apresentar uma lista com cerca de oito nomes (a lista ainda pode ser alterada) que já foram ouvidos e que passarão a ser investigados.

A ideia ainda precisa ser aprovada pelo “G7”, o grupo de senadores mais influentes na CPI da Covid, que tem maior poder de voto e inclui, além do relator, o presidente Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e também os senadores Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Segundo Humberto Costa, a relação com os nomes ainda não é conhecida pelos membros do G7. O parlamentar disse ainda que ainda não há nenhuma formalização por parte de Calheiros sobre a mudança de status de Queiroga.

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“Não há ainda formalização do relator de que o Queiroga será investigado. Ele vai apresentar uma relação de pessoas que ele acredita que devem ser transformadas de testemunha em investigados. Isso é positivo, porque estamos avançando na investigação, mas não temos conhecimento desses nomes”, pontuou.

O senador, no entanto, defende a inclusão do ministro da Saúde no rol de investigados, pois acredita que ele já tem tudo o que é preciso para tal. “Queiroga realizou ações absolutamente questionáveis do ponto de vista legal, inclusive a tentativa de convencer a OMS (Organização Mundial de Saúde) do tratamento precoce. Mas aqui (em depoimento à CPI), ele mentiu, como mentiu em várias oportunidades”, afirmou Humberto Costa. “A meu juízo, ele teria, sim, razões para ser considerado investigado”, completou. (Correio Braziliense)