Quem vê Joel Embiid em quadra pode nem lembrar, mas o astro está participando das semifinais de conferência sem condições físicas ideais. O pivô do Philadelphia 76ers lida com uma ruptura parcial no menisco direito enquanto comanda a virada do seu time na série contra o Atlanta Hawks. O altíssimo nível de jogo recente de Embiid “despista”, mas atuar com a lesão no joelho tem sido um dos grandes desafios da carreira do astro do Sixers.
“Não é fácil jogar com uma lesão no joelho. Atuar com o menisco danificado não é fácil. A dor estará lá e você precisa administrar isso como pode. Mas não vou reclamar, pois isso é playoffs e estou aqui para jogar. Sou pago para tentar ganhar um título e, ainda que contundido, farei o meu trabalho. É o que já disse no passado: o que puder fazer, eu darei o meu melhor”, contou o craque, em entrevista coletiva nesse fim de semana.
O público em geral não pode acompanhar o que acontece longe das quatro linhas, mas o treinador Doc Rivers garante que Embiid faz um esforço hercúleo para estar em quadra. “Joel está jogando duro por nós, mas posso dizer que está passando por muitas coisas no vestiário. Não tem sido nada fácil. Esse cara está dando absolutamente tudo o que pode e tem sido fantástico para a nossa equipe”, relatou o experiente técnico.
Leia mais:Batendo de frente com Clint Capela, candidato a estar em um dos quintetos ideais de defesa da temporada, Embiid tem sido fantástico nos três jogos da série contra o Hawks: são médias de 35.3 pontos, 10.3 rebotes, 4.7 assistências e 2.3 tocos, além de quase 16 lances livres por partida. Para o segundo colocado na votação de MVP da temporada, o desempenho é mais uma prova da evolução técnica que vivencia nos últimos tempos.
“Trabalhei por muito tempo para chegar até aqui, mas sinto que o jogo simplesmente desacelerou para mim nessa temporada. A maneira como vejo a quadra e tudo o que acontece em quadra é totalmente diferente de anos passados. Se tiver que gerar um arremesso para mim, há tentas formas pelas quais posso fazê-lo. Só estou tentando fazer o melhor possível com minhas habilidades”, explicou o atleta africano.
O torcedor do Sixers tem consciência da condição física frágil de Embiid e, até mais do que quem está em quadra, fica apreensivo a cada queda ou choque pelo qual ele passa. O jogador de 27 anos, só na última partida da série, chegou a sentir o tornozelo e as costas em momentos pontuais. O craque, no entanto, garante que (ainda) está bem e preparado para conduzir o Sixers – não importa como – ao título da NBA.
“Eu estou bem. Estou levantando, correndo e terminei os jogos. São as dores no joelho, mas também a torção no tornozelo e a queda de costas nesse último jogo. Mas, no fim das contas, não há motivos para parar. Continuarei lutando em quadra, fazendo o que faço desde que comecei a jogar basquete. O que quer que aconteça lá dentro, seguirei absorvendo e andando em frente”, concluiu o camaronês, assegurando que nada vai impedi-lo de competir. (Terra/Jumper Brasil)