O glaucoma é uma condição capaz de afetar os olhos, causando danos ao nervo ocular e fazendo com que o paciente tenha seu campo visual reduzido aos poucos. Se o glaucoma não for tratado, o paciente pode ser levado à cegueira. De acordo com dados do Datasus, no Pará ocorreram 175 internações por glaucoma em 2020 e 14 internações de janeiro a março de 2021 na rede pública. No Brasil, o dia 26 de maio foi escolhido como o Dia Nacional do Glaucoma, e por isso foi criado o maio verde como o mês de prevenção e combate a essa doença crônica.
Em Belém, o Hospital Bettina Ferro é referência no atendimento de glaucoma no estado do Pará e, em 2020, mesmo com as medidas de restrição necessárias para o combate à Covid-19, realizou mais de 1.700 atendimentos. No entanto a procura por atendimento caiu após o início da pandemia. Segundo especialistas por ser uma doença silenciosa a procura acaba sendo baixa por tratamento.
“Por ser uma doença silenciosa em que muitas vezes não tem sintomas. Apenas através de uma avaliação oftalmológica com algum especialista com a realização de exames de rotina aplicados, é possível rastrear seu aparecimento e diagnosticar o mais precoce possível”, alerta a oftalmologista Mônica Alves.
Leia mais:Ainda de acordo com especialistas, o tipo mais comum do glaucoma é de ângulo aberto, responsável por 80% dos casos, também chamado de glaucoma crônico, essa modalidade de glaucoma também é causada pelo aumento da pressão ocular, só que tem evolução mais lenta. Outro é de ângulo fechado, que geralmente afeta pacientes de idade mais avançada e é causado por uma alteração anatômica, que faz com que o formato do olho mude e acabe por aumentar a pressão interna do olho. Esse aumento costuma ser súbito e de evolução rápida, levando o paciente à diminuição acelerada da visão. Ele também é chamado de glaucoma agudo.
A doença não tem cura, mas existe o controle. “Se o paciente seguir o tratamento com visitas periódicas, o uso correto de colírios que serão para vida toda e manter pressão intraocular ideal para não haver progressão”, finaliza a Dra. Mônica Alves. (Fonte: G1)