A Polícia Civil de Parauapebas tenta identificar o corpo de um homem encontrado no Bairro Vila Nova para começar a investigar o que pode ter motivado o assassinato dele, assim como o responsável (ou responsáveis) pelo crime. Até o final da tarde desta sexta-feira (21), o cadáver continuava sob os cuidados do Instituto Médico Legal (IML) do município.
O homem foi encontrado com sinais de tortura em uma grota na localidade conhecida como “Área do Gabriel”, por volta das 11 horas de quinta-feira (20). Ele estava com o abdome aberto e as vísceras expostas, além de apresentar ferimentos por arma branca na região do pescoço.
A vítima, que trajava apenas uma bermuda vermelha e estava com as mãos e as pernas amarradas, foi encontrada por um pescador que havia chegado na grota e sentiu o forte odor do corpo em decomposição.
Leia mais:Próxima ao cadáver havia uma faca entortada, provavelmente utilizada no assassinato. O pescador preferiu não gravar entrevista, se limitando a informar que acionou a Polícia Civil e o IML.
Na noite anterior, quarta (19), outro homicídio foi registrado. Rosivaldo Sobrinho de Carvalho, de 35 anos, foi assassinado em uma área de ocupação conhecida como Invasão Nova Conquista, na saída para Canaã dos Carajás.
BALA
Segundo informações da Polícia Militar, a vítima estava na Avenida Murilo quando dois indivíduos se aproximaram em uma motocicleta, de modelo e cor não identificados, e dispararam contra Rosivaldo.
No local, o Jornal Correio conversou com a companheira da vítima, Joselita Lula Marques, de 48 anos, que presenciou o crime. Ela conta que o casal retornava para casa quando foi surpreendido pelos executores.
“Chegaram dizendo ‘ah vagabundo, tava pra morrer, toma essa aí’ e atiraram”, afirma, acrescentando que foram efetuados seis disparos. Joselita relata que vivia com Rosivaldo há apenas seis meses e nunca havia escutado ele reclamar de qualquer ameaça.
“Se ele tinha algum problema nunca me disse nada sobre esse assunto, nunca disse que tava sendo ameaçado, sempre disse que estava bem”, diz. Atualmente, o homem estava trabalhava capinando terrenos.
A mulher diz acreditar que Rosivaldo nunca foi preso e que ambos cuidavam de uma chácara na área de ocupação. A vítima, acrescenta, era pai de três filhos que vivem em Eldorado do Carajás. (Luciana Marschall com informações de Ronaldo Modesto)