Thalison Henrique da Silva Rodrigues, de 20 anos, morreu nesta quinta-feira (6) no Hospital Geral de Parauapebas, para onde foi transferido na noite de quarta-feira (6), após ser baleado junto de Helisson Sousa Silva, de 39 anos, e Ronisvan Almeida Duarte, de 25 anos, ambos sobreviventes.
Segundo a irmã da vítima fatal, que pediu para ter a identidade preservada, Thalison não resistiu à cirurgia a qual foi submetido, tendo sofrido duas convulsões. “Tiraram a vida do meu irmãozinho”, lamentou.
O crime aconteceu por volta das 20 horas, na Rua 5, Bairro Vila Nova. No local, testemunhas informaram aos policiais militares que dois homens não identificados chegaram em duas motocicletas, sendo uma Honda Biz e outra Honda Bros, e efetuaram os disparos.
Leia mais:Antes disso, contudo, teriam gritado “é o bonde”, “não passa nada” e “CV, p**”, em referência à sigla da facção Comando Vermelho. Após o triplo baleamento, os dois atiradores teriam fugido sentido Bairro Cidade Jardim. A Polícia Militar realizou buscas na área, mas não conseguiu localizar os autores do crime.
Para a Polícia Civil, entretanto, uma das vítimas afirmou ter visualizado apenas uma motocicleta e um atirador, confirmando as frases ditas antes dos tiros serem disparados. Acrescentou que o alvo do atirador seria apenas Thalison e que os outros dois foram alvejados por estarem junto a ele.
A irmã da vítima fatal, contudo, não acredita que Thalison fosse a pessoa procurada pelos atiradores. Por mensagem de texto, informou ao Correio de Carajás que o irmão não tem envolvimento com facção criminosa e que só estava na hora errada e com as pessoas erradas.
“Meu irmão tinha uma vida tranquila, nunca teve motivo pra ter envolvimento com esse tipo de coisa, com facção. Ele era muito medroso e não tinha condição dele fazer parte dessas coisas”, diz, acrescentando que Thalison estava indo para a célula da igreja que frequentava quando um dos outros baleados o chamou contando que policiais haviam corrido atrás dele.
“Foi bem na hora que um rapaz em uma Fan 160 chegou atirando e gritando ‘aqui é CV’. Meu irmão estava de costas e pegou um dos tiros que não era pra ser dele. Ele só estava no lugar errado e na hora errada”, acrescentou.
Por fim, ela afirma que as duas outras vítimas sequer eram amigas de Thalison e que os três se conheciam apenas de jogar bola juntos. (Luciana Marschall – com informações de Rayane Pontes)