Os buracos no asfalto da Rodovia PA-275 e da Rua E, vias que passam em frente ao shopping do Bairro Nova Carajás, voltaram a aparecer durante o período de chuva. As obras na pavimentação do local foram finalizadas há poucos meses, mas – como já se observou antes – pouco adiantaram e o local se tornou novamente um problema, tanto para a população quanto para a administração pública.
Em entrevista para o Portal Correio de Carajás, dois cidadãos que trabalham na extensão da Rua E, na faixa sentido centro da cidade, se queixaram da situação da via. Um comerciante, que preferiu não se identificar, conta que a última revitalização da via é a sétima desde 2017, quando ele instalou seu negócio naquele local. Luciano Santos, empresário de 45 anos, relata que recentemente bateu a roda do carro em um dos buracos, causando o desalinhamento do veículo.
RESPOSTAS
Leia mais:Procurado pelo Correio de Carajás, o secretário de obras, Wanterlor Bandeira, concedeu entrevista nesta segunda-feira (29) e informou que os buracos reaparecem porque a administração pública teve que refazer a pavimentação que existia referente ao loteamento Buriti, anterior à obra de prolongamento.
Conforme ele, foi necessária escavação para retirada de solo mole em diversos trechos da Rua E e da PA-275 (sentido Marabá). Em locais como a rotatória em frente ao supermercado Assaí, por exemplo, não houve reincidência de buracos, diferente do trecho em frente ao shopping.
Em relação à revitalização do trecho da PA-275 (faixa sentido Marabá), o secretário explica que é de responsabilidade direta da Semob, pontuando que a situação já está sendo tratada. Também nesta segunda a Reportagem notou o novo reparo, iniciado posteriormente ao contato do Correio de Carajás com a Assessoria de Comunicação do município, na quinta-feira (25), para tratar sobre os buracos no trecho.
A Rua E, segundo o secretário, é de responsabilidade da ETEC, contratada por licitação para o prolongamento da via. Ele afirma que a empresa já foi contatada para realizar os reparos.
O secretário acrescenta que a empresa realizará levantamento técnico por alegar que parte dos serviços exigidos hoje não fazem parte do contrato firmado com a administração pública em setembro de 2018. O valor do contrato, com aditivos, superou a marca do R$ 10,6 milhões. Caso a ETEC esteja legalmente isenta de realizar os reparos, Wanterlor afirma que novo procedimento será necessário para privilegiar o trecho.
Ele pontua que quando o prolongamento da Rua E foi iniciado os loteamentos necessitavam da retirada de uma quantidade de solo mole para firmar as vias e essa retirada aconteceu. Porém, com o aumento do fluxo de veículos, nova retirada se tornou necessária. A ETEC também alega que o contrato firmado não prevê esse serviço de retirada de solo mole, que necessitaria de uma escavação de seis metros de profundidade para assim refazer (mais uma vez) o pavimento da via.
O setor jurídico da prefeitura está estudando o contrato para determinar se a ETEC é responsável pela reparação completa/parcial do trecho esburacado da Rua E ou se novo procedimento deverá ser aberto pela administração pública, a fim de sanar, enfim, o recorrente problema de buracos no asfalto destas vias. (Juliano Corrêa)