O novo decreto publicado pelo prefeito de Marabá, Tião Miranda, dividiu opiniões entre a população. A nova medida proíbe o funcionamento de restaurantes, lanchonetes, pizzarias e congêneres, mas, coloca academias de ginástica como atividade essencial, funcionando com apenas 30% da sua capacidade.
Thiago Ferraz é proprietário de academia e ficou muito alegre com a notícia. Ele conta que sempre acreditou que seu serviço poderia trabalhar para a saúde. “Antes não éramos contemplados nos decretos municipais, seguíamos fechados pelo estadual. Agora, poderemos retornar seguindo todas as medidas de segurança e prevenção”, comenta.
Entre as medidas que pretende adotar para cumprir com as normas de segurança do decreto, será a dispersão dos seus alunos por todas as áreas da academia, que possui 9.000 metros². “Tivemos uma boa aceitação dos alunos. Vamos trabalhar com os ambientes abertos e evitar as áreas fechadas para que não haja aglomerações”, explica Thiago.
Leia mais:Outra proprietária de academia que se alegrou com a decisão do prefeito foi Joice Santos. Para ela, o olhar do Poder Público para as academias, no âmbito da saúde, é de suma importância.
“As academias não trabalham apenas o lado estético, há grandes liberações de hormônios quando se pratica exercícios. A ciência confirma isso. Quando se pratica atividade física você reduz sintomas da depressão e da síndrome do pânico”, pontua Joice.
Apesar do documento não tratar as medidas como um lockdown, há quem tenha se agradado com o que foi estabelecido. A servidora pública, Suely Alves, avalia que as ações decretadas não são duras, pois, enquanto a população não for totalmente vacinada, nada voltará ao normal.
“Todos correm risco, então agora é distanciamento, álcool em gel e usar máscara. É o nosso novo normal. Não temos como fugir disso, enquanto não formos todos vacinados. O decreto está correto”, concorda Suely.
Entretanto, nas redes sociais, muitos discordaram das diligências do documento, o avaliando como ineficaz. Nos comentários na página do Facebook do Correio de Carajás, críticas pesam sobre a decisão do prefeito.
“Teve tempo de sobra para arrumar os hospitais. Não fez nada disso. É fácil fechar o comércio e o povo que se vire”, comenta Eliude de Sousa. “Vocês deveriam fechar bancos e lotéricas. Como as pessoas vão pagar as contas sem trabalhar?”, indaga Diomar Reis.
“É fácil resolver isso, é só comércio não aceitar e ir às ruas lutar pelos seus direitos, lógico que se ninguém fizer nada pra protestar contra essas ações isso vai ficar cada vez pior”, comenta Jaires Lima. “Esse decreto além de não resolver só piora a vida dos autônomos. É triste”, lamenta Helena Nogueira. (Zeus Bandeira)