O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deu na tarde desta terça-feira (24) a primeira entrevista coletiva após ser empossado no cargo. Durante o evento, ele disse que a meta dele é, “em curto prazo”, passar a vacinar um milhão de pessoas contra Covid-19 diariamente.
“Atualmente, vacinamos 300 mil indivíduos todos os dias, e o ministro da Saúde e o governo assumem o compromisso de, em curto prazo, aumentar em pelo menos três vezes essa velocidade de vacinação, para 1 milhão de vacinas todos os dias. Essa é uma meta plausível”, afirmou.
O cardiologista também anunciou a intenção de criar uma secretaria especial de combate à pandemia, que vai funcionar 24 horas por dia, como antecipou a âncora da CNN Daniela Lima.
Leia mais:Ele pediu um voto de confiança no trabalho dele. “Não posso ter resultado no segundo dia da minha gestão, tem que existir uma tolerância. Estamos com pico de óbitos, é uma situação grave, que requer cuidado e atenção de todos”.
O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira a marca de 300 mil vítimas da Covid-19.
Queiroga destacou que não há medicamento específico para o tratamento da Covid-19 até o momento, mas que o médico tem autonomia para receitar o que achar adequado. Ele disse que o Ministério da Saúde irá acompanhar as inovações e os estudos científicos sobre o assunto. “O que tiver evidência científica, nós incorporamos”, disse.
Ele se posicionou contra a adoção de um lockdown, dizendo que a população não aderiria a essa medida e que vai buscar ações que previnam a necessidade de um bloqueio completo. “Vamos buscar com governadores e prefeitos as melhores formas de buscar políticas de distanciamento social que sejam adequadas”, falou.
Em entrevista à CNN ontem, o novo ministro disse que a missão será trazer a pasta de volta à gestão civil. “Vamos criar a ideia na população de que o ministério está trabalhando para combater a Covid-19. Vamos trazer o ministério de volta para sua gestão civil”, afirmou.
Mais cedo nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro comunicou a criação de um comitê para coordenar as ações de combate à pandemia, junto com governadores e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Essa é a primeira iniciativa federal nesse sentido, mais de um ano depois do início da pandemia.
(Fonte:CNN)