O presidente dos Estados Unidos afirmou esta sexta-feira que o Partido Republicano deve deixar de se preocupar com a elaboração de novas leis de imigração e que o partido deve esperar pelas próximas eleições para o congresso, marcadas para novembro.
Numa série de ‘tweets’, Donald Trump voltou a fazer fortes críticas ao Partido Democrata, que acusa de “estar a fazer jogos” e de não ter intenção de resolver o problema da imigração na fronteira entre os Estados Unidos e o México.
“Os Republicanos devem parar de perder tempo com imigração até elegermos mais senadores e congressistas em novembro. Os democratas estão só a fazer jogos, não têm intenção de fazer nada para resolver este problema com décadas. Nós podemos passar um grande legislação depois da onda vermelha [referência a uma vitória republicana nas eleições]”, escreveu Donald Trump.
Leia mais:Relativamente a esta legislação, Trump garantiu que, com um novo congresso, serão aprovadas as “melhores, mais justas e mais abrangentes medidas de imigração em todo mundo”, sendo que, atualmente, diz, o presidente norte-americano, “temos as mais idiotas e as piores”.
Trump acusou ainda o Partido Democrata de estar a “obstruir” a aplicação da lei. “Os democratas não estão a fazer nada para além de obstruir. Lembrem-se do lema deles, RESISTIR. O nosso é PRODUZIR”, rematou.
A administração Trump tem sido alvo de fortes críticas nos últimos dias depois de terem sido divulgadas images e vídeos da situação que se vive na fronteira entre os Estados Unidos e o México, em que mais de duas mil crianças foram separadas das famílias.
Na sequência da lei de “tolerância zero”, que decreta que todos os imigrantes que tentem passar a fronteira ilegalmente, mesmo que para entrar em solo norte-americano para pedir asilo, os pais podem ser separados dos filhos, uma vez que atravessar a fronteira constitui, por si só, motivo para detenção e acusação.
Perante as críticas, vindas, inclusive do próprio Partido Republicano, Donald Trump assinou um documento que decreta a reunificação das famílias separadas na fronteira, sem que exista, contudo, prazo para que tal aconteça. Para além disso, a política de “tolerância zero” mantém-se. (noticiasaominuto)