Professores da rede municipal de educação se reuniram para uma manifestação na Secretaria Municipal de Viação e Obras Públicas (SEVOP) na manhã desta segunda-feira (25). Eles reivindicam o pagamento do retroativo do piso integral e enquadramento nos salários. Com um carro de som, os lideres sindicalistas da classe exigiam um diálogo com o prefeito Tião Miranda, que mantém seu gabinete naquela secretária e não na sede da Prefeitura.
Joyce Cordeiro Rebelo, diretora da Subsede de Marabá do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp) explica que o pagamento apenas de uma parte do retroativo é revoltante, além de não ser vinculado no salário mensalmente, conforme deveria ser feito.
Acontece que, segundo ela, Tião realiza os pagamentos um ano depois, enquadrando o percentual de 12,34% nos vencimentos dos professores no final de janeiro. “Esse ano ele fez diferente. Pagou apenas uma parte do retroativo, no valor de 9 milhões de reais, na sexta-feira (22) e não sinalizou quando pagará o restante e nem mesmo se haverá o enquadramento do retroativo no piso. Queremos uma reunião para negociar essa questão”, pediu Joyce.
Leia mais:O Prof. Everaldo Marinho, que ditava palavras de ordem, no microfone do carro de som que acompanhava a manifestação pacífica, também se mostrou indignado com a atitude do prefeito.
“Ele acumulou o recurso, gastou e agora pagou apenas a metade do retroativo. Temos uma assessoria contábil que acompanha todos os recursos e constatou o dinheiro acumulado. É uma falta de compromisso do prefeito para com a educação municipal”, queixou-se.
A manifestação encerrou ao meio dia, com a promessa da realização de uma reunião, pela manhã, nesta terça-feira (26), com o chefe de gabinete do prefeito, Walmor Costa, onde serão discutidas três pautas: o pagamento do restante do retroativo; o enquadramento do piso; e as progressões verticais, que estão atrasadas há dois anos e as horizontais, atrasadas há cinco anos.
O Portal Correio procurou a Secretaria Municipal de Educação (Semed) sobre a manifestação, que respondeu em nota que “seguiu todos os protocolos conforme orienta a nova lei do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb)”.
A Semed se colocou à disposição para elucidar quaisquer dúvidas do servidor no departamento de recursos humanos da secretaria, além de informar que o diálogo sempre esteve e estará aberto à classe, conforme a nota. (Zeus Bandeira – Colaboração de Weliton Moreira e Evangelista Rocha)