A paciente Vitória Marcena da Silva, 17 anos, oriunda de Palestina do Pará, no sudeste do Pará, foi abandonada, pelo motorista da ambulância, ontem (18), por volta de 17h45, com hemorragia, soro no braço e com um quadro convulsivo no Hospital Materno Infantil (HMI), em Marabá, no sudeste do Pará.
De acordo com Alcilélia Tartaglia, gerente administrativo, a jovem deu entrada no HMI em estado grave. A equipe levou a paciente às pressas para o consultório médico. No entanto, ao procurarem o motorista para saber detalhes sobre o quadro clínico da grávida, o servidor público tinha “capado o gato”. “Vazou”.
Segundo Dr. Fábio Costa, a garota chegou ao Materno Infantil com sangramento, palidez, pressão baixa, choque hipovolêmico e crise convulsiva. De imediato, foi realizada a curetagem e procedimentos clínicos para estabilização do quadro de saúde de Vitória Silva.
Leia mais:A equipe médica do HMI percebeu que a ficha de regulação da paciente, enviada pelo SisReg Carajás, não constava a gravidade do estado de saúde da jovem. “Os municípios dizem uma coisa na ficha de regulação, mas quando a paciente chega ao HMI, quase sempre, o quadro clínico é muito diferente”, afirmam os trabalhadores do Materno Infantil.
A Redação do Portal Debate Carajás já recebeu várias denúncias sobre a ocorrência da chamada “ambulância-terapia”. Ela ocorre em hospitais como Hospital Municipal de Marabá (HMM); Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP) e Hospital Materno Infantil (HMI), após o motorista da ambulância, vinda de outros municípios, abandonar o paciente e “pegar o beco” de volta.
Está na hora do Ministério Público, prefeitos e secretários de saúde observarem a conduta desumana de grande parte desses profissionais. Vitória estava com 11 semanas e havia sofrido um aborto. Devido à gravidade do caso, ela deu entrada no centro obstétrico do HMI em situação complicada, mas foi salva pela equipe de plantão.
O Portal Debate Carajás falou com a Prefeitura Municipal de Palestina (PMP), a atendente forneceu o contato de Maurício Barbosa, Secretário Municipal de Saúde, pois somente ele poderia se pronunciar sobre a conduta do motorista, porém o telefone dava sinal de fora de área e as mensagens enviadas, via aplicativos, também não foram respondidas. (Fonte: Debate Carajás)