José Vieira de Mattos, César Duarte Santiago e Osvaldo Antônio de Oliveira terão quase dois meses a mais para se prepararem antes de sentarem no banco dos réus do Tribunal do Júri da Comarca de Marabá.
Os três são acusados de envolvimento na morte de quatro pessoas, em uma fazenda de Ourilândia do Norte, a 363 quilômetros de Marabá, em 2015. Dentre as vítimas está Jadson Michel Pesconi – filho de Aparecido Pesconi, ex-prefeito da cidade.
Também foram mortos Manoel de Paulo Ribeiro Filho, veterinário da Agência de Defesa da Agropecuária do Pará (Adepará) e os vaqueiros Samuel Santos Oliveira e Josué Francisco Assis Souza.
Leia mais:A Sessão de Júri, que estava agendada para amanhã, quarta-feira (19), foi adiada para o dia 16 de agosto a pedido da promotora Hygeia Valente de Souza Pinto, que atua no caso e precisou se afastar de Marabá até quinta-feira (21).
Essa é a segunda vez que o julgamento é adiado. A primeira data agendada era abril deste ano, mas a pedido da Defensoria Pública do Estado do Pará – responsável pela defesa de dois dos acusados – havia sido redesignada para esta quarta.
Conforme a denúncia do Ministério Público do Estado do Pará, o crime foi cometido em outubro de 2015, na Fazenda Alana, zona rural de Ourilândia do Norte.
De acordo com as investigações, José Vieira Mattos teria planejado sequestrar Jadson Michel Pesconi após receber a informação de que a vítima receberia R$ 2 milhões referentes a um financiamento bancário.
A vítima então teria sido atraída sob o argumento de que havia dois animais doentes na propriedade, para onde se dirigiu junto do veterinário da Adepará. No local, onde trabalhavam, já estavam os vaqueiros Samuel e Josué. Os quatro teriam sido assassinados após a tentativa de sequestro não sair como o esperado.
Inicialmente tramitando na Comarca de Ourilândia do Norte, em decorrência da comoção local e da repercussão do crime o caso foi desaforado no ano passado para a Comarca de Marabá. (Luciana Marschall)