O ano é novo, mas, o problema é antigo. A água amarelada e suja, vinda do fornecimento da Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) voltou a dar dor de cabeça para o marabaense, que precisou buscar alternativas para realizar as atividades domésticas, higiene pessoal e material. O problema é recorrente nesta época do ano, caracterizado por dias chuvosos na cidade.
Residente da Folha 21, o professor de história, Leandro Kelm, usou as redes sociais para chamar a atenção para o problema e acionou o Portal Correio para externar sua revolta. “Essa situação começou no final de novembro, passamos o mês de dezembro convivendo com a água nessas condições e agora no início do ano, permaneceu sem mudanças”, conta.
Ele vive com sua irmã e o cunhado em um residencial, que dispõe de duas caixas d’água de 5 mil litros para os moradores. No entanto, a água se encontra completamente comprometida, apresentando coloração amarelada e resquícios de terra.
Leia mais:“Procurei na internet alguma solução caseira para resolver a situação. Comprei um decantador de alumínio e cloro, que são usados para higienização de piscinas, o que não é o adequado, mas foi a alternativa que encontrei. Mesmo assim, os resultados foram mínimos. O ideal seria que a Cosanpa realizasse uma manutenção digna, para que utilizássemos a água, pelo menos, para o banho”, queixa-se Leandro.
Outra opção para evitar o problema da água tem sido tomar banho na academia, o que ainda é considerado um incômodo. “Estou verificando com o proprietário do imóvel, a possibilidade da compra de um filtro para a utilização da caixa d’agua, o que seria uma despesa de mil reais, ocasionada apenas por esse problema”, comenta o professor.
A precariedade do serviço da Cosanpa não é novidade, pois no dia 18 de novembro, o Portal Correio noticiou o desespero de moradores do Núcleo Nova Marabá, que penavam com a falta d’água. Um dos entrevistados, inclusive, afirmou que no período chuvoso é comum a água ficar amarelada.
Outra reclamação foi sobre a comunicação de imprevistos, como o da falta de água, por exemplo, que são publicados em redes sociais, muitas vezes inacessível para toda a população.
A Reportagem procurou a Cosanpa para levar as reclamações da população sobre a água amarelada, que diga-se de passagem, é uma realidade em todo o município.
Em nota, a Companhia informou que “no fim de semana, o equipamento utilizado na etapa de correção da cor da água, durante o tratamento, apresentou problemas”, e que “equipes trabalham no reparo”, dando como prazo para solução do empecilho, 48 horas.
No entanto, nada foi esclarecido sobre o problema perdurar desde o fim de novembro, conforme relatou Leandro. Enquanto isso, os moradores penam com a má qualidade do precioso líquido. (Zeus Bandeira)