Na avaliação do major Edson Bailão Ribeiro, subcomandante do 34º Batalhão de Polícia Militar, o tráfico de drogas é o primeiro encarregado pela ocorrência de furtos e homicídios em Marabá. Perito no assunto, o agente de segurança endossa que a corporação tem, mapeada, grande parcela dos pontos de fluxo do município, o que em tese deveria permitir intervenção imediata da patrulha. Só que a população ainda precisa acionar o Disque-Denúncia com frequência para que medidas eficazes de combate à criminalidade sejam adotadas. Entre as atribuições constitucionais da PM, estão o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.
Ao CORREIO, o major reconhece que a atuação da Polícia Militar no combate ao tráfico de drogas é baseada em informações recebidas via Disque-Denúncia. Em outras palavras, mesmo que a força consiga identificar parcela do problema, a habilidade de resposta ainda se resume aos chamados de quem mais sofre com o resultado do crime: a sociedade. “Você denuncia, de forma anônima, e deixa o resto conosco. Pode acreditar que a nossa missão é incansável para garantir o bem comum”, sustenta Edson.
Recentemente, o governo do estado entregou, em Marabá, 88 novas viaturas para reforçar o combate ao crime na região. Para Edson, foi uma conquista importante da corporação. “Agora temos uma frota capaz de perseguir o crime à altura. As guarnições são equipadas com pistolas e fuzis, armas que possibilitam a intervenção da polícia em áreas vermelhas”, alega.
Leia mais:Por falar em lugares perigosos, um exemplo do major é a Vila Canaã, a popular “Vila do Rato”, no Núcleo Pioneiro. Mas outros pontos, como as folhas 28 e 33 e os bairros Nossa Senhora Aparecida, Araguaia, Amapá e Liberdade, não podem ser desacreditados. “Nossas viaturas estão em campo bravamente. Realizamos abordagens a qualquer tempo para minimizar o crime. Esse é o nosso papel”, argumenta ele.
Todas as localidades citadas têm em comum o elevado número de pontos de tráfico. Na visão de Edson, a dependência química desencadeia uma série de fatores que repercutem na esfera criminal, tais como furto, roubo e até homicídio. “O viciado precisa de droga. Para comprá-la, precisa de dinheiro. Esse recurso vem do furto e do roubo. Quando ele não tem dinheiro, contrai dívida com o traficante. E uma hora o crime sempre cobra essa dívida, resultando em mortes”, finaliza o major. (Da Redação, com informações de Josseli Carvalho)