Correio de Carajás

Projeto Urupadi: FCCM faz pesquisa entre Altamira e Itaituba

Os geólogos Pablo Santos e Ricardo Lima, mais as biólogas Maria Almeida e Caroline Anjos, iniciaram as atividades de campo do Projeto Urupadi, no trecho entre Altamira e Itaituba.

O projeto faz parte do Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE1/2018) firmado entre a Vale e o ICMBio/CECAV e é executado pelos profissionais da Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM).

O trabalho está sendo desenvolvido no trecho da Rodovia BR-230 (Transamazônica) entre as os municípios de Altamira e Itaituba, numa área conhecida entre os profissionais da área como Província Espeleológica Altamira/Itaituba (PEAI).

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A equipe da FCCM partiu de Marabá com destino à área de trabalho no dia 23 de novembro e deve permanecer em campo até o dia 14 de dezembro. As pesquisas envolvem o mapeamento geológico para avaliação do potencial espeleológico das unidades geológicas da área de estudo; avaliação das formas de relevo e tipos de solo; a prospecção, documentação e topografia de cavidades, além da caracterização geo e bioespeleológica das cavidades identificadas e investigações sobre dados arqueológicos, estudos da fauna e flora amazônicos.

De modo geral, os pesquisadores buscam a caracterização e compreensão da geodiversidade regional, a fim de conhecer o potencial espeleológico local e seu do potencial turístico. Atualmente, a expedição se encontra no município de Uruará e deve seguir ainda nessa semana para Rurópolis, área com maior concentração de cavidades da região.

Segundo o presidente da Fundação Casa da Cultura de Marabá, Marlon Prado, a entidade, ao longo de 36 anos de existência, vem identificando sítios arqueológicos (cerca de 320) na região e também prospectando áreas de interesse espeleológico, tendo registrado cerca de 3.300 cavidades. “Uma das descobertas de maior relevância que a FCCM realizou nos últimos anos é a identificação de uma cavidade ocupada há mais de 11.000 anos, ou seja, grupos de caçadores-coletores vivendo no período pré-colonial.  Atualmente, as equipes da fundação estão em outras áreas de pesquisa, entre as quais a realização de prospecções arqueológicas e espeleológicas em Canaã dos Carajás”, explica Prado.