Claudio José Pinto Silva, de 22 anos, foi alvejado pela Polícia Militar de Parauapebas e morreu na noite desta quarta-feira (2). De acordo com informações dos policiais que participaram da ação, ao tentar evitar ser preso, Claudio pulou em um deles, tentando desarmá-lo, e acabou neutralizado por outro militar, no Bairro Tropical. O homem era acusado de assassinar o próprio irmão, Lucas Chagas Pinto Silva, em setembro do ano passado.
Nesta quarta, uma guarnição da PM foi acionada para atender à ocorrência de violência doméstica. Claudio estaria agredindo a ex-companheira na Rua B1. Quando a viatura se aproximou, ele fugiu pulando muros e invadindo quintais, mas acabou cercado pelos militares.
Conforme informações pela guarnição, afirmava que não se entregaria porque havia matado o próprio irmão e não queria ir para a cadeia. Os policiais se aproximaram e ele teria se agarrado a um dos homens, sendo alvejado por outro. O corpo dele foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para a realização de perícia.
Leia mais:A vítima das agressões foi levada à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, onde prestou esclarecimentos. Na unidade policial identificou-se que o agressor se tratava de Claudio, denunciado pelo Ministério Público do Estado do Pará pela morte de Lucas, registrada em 24 de setembro de 2019 no Bairro Ipiranga.
Consta em boletim de ocorrência registrado à época do homicídio, que Lucas foi esfaqueado e socorrido, porém chegou morto ao Hospital Municipal de Parauapebas. No dia o crime, Claudio chegou a prestar informações à Polícia Civil e à equipe de perícia, afirmando que o irmão havia sido esfaqueado em um bar.
Os policiais, no entanto, continuaram diligenciando a fim de esclarecer as circunstâncias do esfaqueamento e descobriram que o próprio Claudio havia matado o irmão após discussão entre os dois dentro da casa da família. Ele chegou a ser detido e confessou o crime, mas respondia o processo em liberdade.
Em setembro deste ano, a juíza Adriana Karla Diniz Gomes da Costa, titular da 1ª Vara Criminal de Parauapebas, havia designado audiência de instrução e julgamento do caso para o dia maio de 2022. Agora a Polícia Civil de Parauapebas deve instaurar inquérito policial para investigar a morte decorrente de intervenção policial. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)