Correio de Carajás

Anac aprova retorno de Boeing 737-8 MAX no país

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou nesta quarta-feira (25) o retorno das operações das aeronaves modelo Boeing 737-8 MAX no Brasil. O avião foi impedido de voar por autoridades certificadoras após dois acidentes na Indonésia e na Etiópia que mataram 346 pessoas em cinco meses em 2018 e 2019.

No último dia 18, a Autoridade Federal de Aviação norte-americana (FAA, na sigla em inglês) autorizou a Boeing a retomar os voos e divulgou uma diretriz de aeronavegabilidade detalhando as mudanças necessárias. No mesmo dia, a Anac havia informado que verificaria se as modificações propostas eram seguras e atendiam aos requisitos.

“A Diretriz de Aeronavegabilidade da FAA foi adotada também pela Anac e tem vigência automática no Brasil, devendo ser cumprida de imediato pelos operadores aéreos que pretendem operar o modelo”, diz a Anac em nota.

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Das companhias aéreas que operam no país, apenas a Gol Linhas Aéreas possui aeronaves do modelo. A Anac informa que está trabalhando com a empresa para assegurar a implementação de qualquer adaptação necessária e treinamento de aeroviários para garantir a segurança dos passageiros.

“Dentre as exigências de projeto está a determinação para a reconfiguração do sistema de controle de voo desse modelo de aeronave, a correção do roteamento do conjunto de cabos, revisões de procedimentos incorporados ao manual de voo e testes de recalibração dos sensores”, diz o comunicado.

O retorno das operações foi permitido com a revogação de uma Diretriz de Aeronavegabilidade de Emergência (número 2019-03-01) que proibia a operação do avião da Boing no Brasil. A suspensão havia ocorrido em março de 2019.

Em setembro deste ano, um painel do Congresso dos Estados Unidos concluiu, após 18 meses de investigação, que os dois acidentes com o Boeing 737 MAX resultado de falhas da fabricante de aeronaves Boeing e da FAA. “Eles foram o terrível resultado de uma série de suposições técnicas incorretas dos engenheiros da Boeing, uma falta de transparência por parte da administração da Boeing e uma supervisão grosseiramente insuficiente da FAA”, concluiu o relatório. (Fonte:G1)