Correio de Carajás

Perícia contradiz versão de atentado a candidato a prefeito de Parauapebas

O perito Walldiney Pedra Gurgel, delegado Walter Resende e o diretor do CPCRC, Celso Mascarenhas, na entrevista coletiva

O delegado geral de Polícia Civil do Estado Pará, Walter Resende, revelou na manhã desta quarta-feira, 11, que a “dinâmica” do que foi narrado nos depoimentos sobre o atentado ao candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César Araújo Oliveira, no dia 14 de outubro, “diverge totalmente” do laudo apresentado pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves.

“O laudo que nós estamos recebendo é muito claro, muito definitivo. O que consta nos autos de que teria ocorrido um atentado contra a vida com o carro em uma velocidade aproximada de 70 ou 80 quilômetros por hora está totalmente descartada”, destaca Walter Resende, durante coletiva concedida à Imprensa na manhã desta quarta-feira (11), no 23º Batalhão de Polícia Militar em Parauapebas.

Cientificamente, segundo o delegado, está comprovado que para os tipos de perfurações que estavam no veículo, ou a caminhonete estava parada. Se em movimento, estaria no máximo a nove quilômetros por hora.
O delegado-geral afirma que, com base no laudo, muda a condução das investigações. “Com esse laudo a gente pode afirmar que o evento não ocorreu da maneira que foi relatada”.

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ENTENDA O CASO
O candidato Júlio César, 32 anos, sofreu um atentado no dia 14 de outubro, na estrada da Vila Carimã, zona rural de Parauapebas, sendo atingido por um tiro no peito.

A Reportagem do CORREIO DE CARAJÁS tenta contato com o candidato e sua assessoria para saber qual avaliação fazem sobre o resultado da perícia. Eles informaram, apenas, que o posicionamento dele seria por “live” em rede social, às 19h..
(Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)