O preço do botijão de gás de cozinha teve um reajuste de 5% repassado pela Petrobras, chegando ao oitavo somente este ano. Em Parauapebas, as distribuidoras ainda não repassaram o aumento para o consumidor, que já reclama do valor que paga, uma média de R$ 95,00 por botijão.
O aumento preocupa os consumidores, principalmente quem trabalha no ramo da alimentação, como é o caso da confeiteira Lene Oliveira, para quem um botijão dura em média 15 dias. “Já estamos sofrendo com a alta de vários produtos, está sendo mais uma surpresa o reajuste do gás de cozinha, porque infelizmente afeta diretamente o nosso trabalho, já que o aumento dos valores é repassado para o cliente”, detalha Lene.
A confeiteira destaca que às vezes, o cliente procura outro fornecedor “mais em conta”, ainda que tenha uma qualidade inferior do que a oferecida por Lene. “O gás é um produto essencial dentro da minha cozinha, mas devido à alta dos preços a gente deixa de vender”, lamenta ela.
Leia mais:O professor da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Leonidas Veloso, doutor em economia, disse ao Correio de Carajás que alguns fatores são determinantes para o reajuste, como a valorização do preço do petróleo. Observa que também aumenta a cotação internacional do produto, que por sua vez, é matéria prima do gás liquefeito de petróleo (GLP), no botijão de 13 quilos.
O especialista destrincha a composição do preço do botijão de gás, apontando que 41% é o preço exercido pela Petrobras, 3% são de impostos federais, 16% de ICMS e os 40% restantes são de responsabilidade das distribuidoras. (Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)