Com abertura nesta quarta-feira (11), começou oficialmente a 4ª edição do Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (Cinefront), que possui programação extensa de filmes, debates e oficinas. Neste ano, o festival homenageia a professora universitária e cineasta paraense, Edna Castro, que já dirigiu filmes como Maria das Castanhas e Fronteira Carajás.
Em sua trajetória cinematográfica, ela mostra a realidade vivida pelas populações pobres e a integração da Amazônia, levando os espectadores a debaterem sobre a realidade trazida nos filmes.
Amintas Silva, professor da Unifesspa e diretor da Ação Intercultural da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis da Universidade (DAI/Proex), afirma que a intenção do festival é continuar dando visibilidade às lutas das populações que resistem em seus territórios aos processos do mundo capitalista.
Leia mais:“Temos na região uma série de políticas de ocupações governamentais que resultaram em boas medidas e situações que levaram aos conflitos. Então nossa ideia é mostrar como estas pessoas resistem, não só em meio aos conflitos, mas no seu cotidiano, produzindo conhecimento e alimentos, por exemplo”.
Cineasta de renome nacional, Júlia Mariano, que participa do evento desde o início, este ano está ministrando uma Oficina de Introdução ao Cinema Documentário. Estando sempre presente em Marabá, ela apoia de diversas formas os movimentos sociais da região.
Com as vindas à cidade, Júlia conta que sempre dialogou muito com as pessoas que produzem documentários e filmagens em Marabá. “É um cinema urgente, da resistência, que responde às situações políticas. Então acabei sentindo essa demanda de referência, para que eles pudessem entender um pouco melhor como funciona a linguagem cinematográfica, além de conhecerem os diretores de documentários”, conta.
Com a oficina, a cinegrafista está tendo a oportunidade de mostrar a teoria e a prática aos alunos participantes da oficina. “A gente assiste uns filmes, debate, analisa as imagens, linguagens narrativas, direção, roteiro, abordagem, fotografia e, então, vamos à prática. Os alunos pegam as câmeras e, aqui pela universidade mesmo, entrevistam uns aos outros e debatem e analisam suas percepções”.
Segundo Júlia, a experiência tem sido incrível, e como ela mesma gosta de citar, “o cinema é uma arte do erro”, já que você tem uma ideia para filmagem, desenvolve essa ideia, sai para filmar e, quando volta e analisa o material, na maioria das vezes não ficou como foi idealizado. “É neste momento que está o aprendizado e, por isso, a oficina é importante, para que os alunos percebam que não precisa ter medo de errar e que é importante fazer uma análise a fundo do material gravado”, explica.
Programação
Com uma vasta opção de filmes, a 4ª edição do FIA Cinefront está presente em três países, Brasil, Alemanha e Peru. Além da região sul e sudeste do Pará, haverá sessões em Santa Catarina, Amapá e Tocatins.
“É uma produção gigantesca, estamos com a expectativa de atingir cerca de 1500 pessoas”, conta Claudiane Guido, pedagoga da Unifesspa e uma das coordenadoras da produção do Festival. (Ana Mangas)
Marabá-PA
Quinta – 12 de abril
Cine Marrocos – 19h
Filmes: Marias da Castanha (1987), Fronteira Carajás (1992) e
Manu: essa História não é minha só (2018)
Debate: Programa Grande Carajás, ontem e hoje.
Edna Castro (NAEA/UFPA) e Emanuel Wambergue
Sexta – 13 Abril
Unifesspa Campus Marabá
Auditório Unidade II – 15h
Filme: Marias da Castanha (1987)
Filme: Fronteira Carajás (1992)
Auditório Unidade I – 19h
Filmes: Soldados do Araguaia (2017)
Debate: O Exército Brasileiro contra Guerrilha do Araguaia e os impactos sobre a vida da população no sudeste Pará
Sezostrys Alves da Costa (ATGA) e Naurinete Fernandes (UNIFESSPA)
Prédio Multiuso – Unidade III
Filme: Marias da Castanha (1987) | Horário: 10h
Filme: Fronteira Carajás (1992) | Horário: 16h
Sábado, 14 Abril | Unifesspa Campus Marabá
Auditório Unidade I – 16h
Filme: Martirio (2017)
Sábado – 14 Abril
Cine Marrocos – 19h
Filme: Aikewára, a ressurreição de um povo (2017)
Debate: O Cinema, a Ditadura Militar e os Povos Indígenas na Amazônia
Luiz Arnaldo e Célia Maracajá (Diretores de Aikewára)
Segunda – 16 Abril
Unifesspa Campus Marabá
Prédio Multiuso I Unidade III – 10h
Filme: Manu: Essa história não é minha só (2018)
Auditório Unidade I – 15h
Filmes: Chama Verequete (2000) e Híbridos: Os espíritos do Brasil (2017)
Debate: Religiosidade, Arte e Cultura Cabocla na Amazônia.
Jerônimo Silva (UNIFESSPA) e Cinthya Marques (UNIFESSPA)
Auditório Unidade I – 18h
Filmes: O Vento das Palavras (2001), Runan Caycu (1973),
Do Corpo da Terra (2017) e Terra é Vida (2018)
Debate: Luta pela Terra e a Reexistência Indígena e Camponesa na América Latina
Fernando Michelotti (UNIFESSPA) e Ginno Perez
Quinta – 19 Abril
SESC Marabá
Filme: Aikewára, a ressurreição de um povo (2017) I Horário: 15h
Filme: Martírio (2017) I Horário: 19h
Com abertura nesta quarta-feira (11), começou oficialmente a 4ª edição do Festival Internacional Amazônida de Cinema de Fronteira (Cinefront), que possui programação extensa de filmes, debates e oficinas. Neste ano, o festival homenageia a professora universitária e cineasta paraense, Edna Castro, que já dirigiu filmes como Maria das Castanhas e Fronteira Carajás.
Em sua trajetória cinematográfica, ela mostra a realidade vivida pelas populações pobres e a integração da Amazônia, levando os espectadores a debaterem sobre a realidade trazida nos filmes.
Amintas Silva, professor da Unifesspa e diretor da Ação Intercultural da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Estudantis da Universidade (DAI/Proex), afirma que a intenção do festival é continuar dando visibilidade às lutas das populações que resistem em seus territórios aos processos do mundo capitalista.
“Temos na região uma série de políticas de ocupações governamentais que resultaram em boas medidas e situações que levaram aos conflitos. Então nossa ideia é mostrar como estas pessoas resistem, não só em meio aos conflitos, mas no seu cotidiano, produzindo conhecimento e alimentos, por exemplo”.
Cineasta de renome nacional, Júlia Mariano, que participa do evento desde o início, este ano está ministrando uma Oficina de Introdução ao Cinema Documentário. Estando sempre presente em Marabá, ela apoia de diversas formas os movimentos sociais da região.
Com as vindas à cidade, Júlia conta que sempre dialogou muito com as pessoas que produzem documentários e filmagens em Marabá. “É um cinema urgente, da resistência, que responde às situações políticas. Então acabei sentindo essa demanda de referência, para que eles pudessem entender um pouco melhor como funciona a linguagem cinematográfica, além de conhecerem os diretores de documentários”, conta.
Com a oficina, a cinegrafista está tendo a oportunidade de mostrar a teoria e a prática aos alunos participantes da oficina. “A gente assiste uns filmes, debate, analisa as imagens, linguagens narrativas, direção, roteiro, abordagem, fotografia e, então, vamos à prática. Os alunos pegam as câmeras e, aqui pela universidade mesmo, entrevistam uns aos outros e debatem e analisam suas percepções”.
Segundo Júlia, a experiência tem sido incrível, e como ela mesma gosta de citar, “o cinema é uma arte do erro”, já que você tem uma ideia para filmagem, desenvolve essa ideia, sai para filmar e, quando volta e analisa o material, na maioria das vezes não ficou como foi idealizado. “É neste momento que está o aprendizado e, por isso, a oficina é importante, para que os alunos percebam que não precisa ter medo de errar e que é importante fazer uma análise a fundo do material gravado”, explica.
Programação
Com uma vasta opção de filmes, a 4ª edição do FIA Cinefront está presente em três países, Brasil, Alemanha e Peru. Além da região sul e sudeste do Pará, haverá sessões em Santa Catarina, Amapá e Tocatins.
“É uma produção gigantesca, estamos com a expectativa de atingir cerca de 1500 pessoas”, conta Claudiane Guido, pedagoga da Unifesspa e uma das coordenadoras da produção do Festival. (Ana Mangas)
Marabá-PA
Quinta – 12 de abril
Cine Marrocos – 19h
Filmes: Marias da Castanha (1987), Fronteira Carajás (1992) e
Manu: essa História não é minha só (2018)
Debate: Programa Grande Carajás, ontem e hoje.
Edna Castro (NAEA/UFPA) e Emanuel Wambergue
Sexta – 13 Abril
Unifesspa Campus Marabá
Auditório Unidade II – 15h
Filme: Marias da Castanha (1987)
Filme: Fronteira Carajás (1992)
Auditório Unidade I – 19h
Filmes: Soldados do Araguaia (2017)
Debate: O Exército Brasileiro contra Guerrilha do Araguaia e os impactos sobre a vida da população no sudeste Pará
Sezostrys Alves da Costa (ATGA) e Naurinete Fernandes (UNIFESSPA)
Prédio Multiuso – Unidade III
Filme: Marias da Castanha (1987) | Horário: 10h
Filme: Fronteira Carajás (1992) | Horário: 16h
Sábado, 14 Abril | Unifesspa Campus Marabá
Auditório Unidade I – 16h
Filme: Martirio (2017)
Sábado – 14 Abril
Cine Marrocos – 19h
Filme: Aikewára, a ressurreição de um povo (2017)
Debate: O Cinema, a Ditadura Militar e os Povos Indígenas na Amazônia
Luiz Arnaldo e Célia Maracajá (Diretores de Aikewára)
Segunda – 16 Abril
Unifesspa Campus Marabá
Prédio Multiuso I Unidade III – 10h
Filme: Manu: Essa história não é minha só (2018)
Auditório Unidade I – 15h
Filmes: Chama Verequete (2000) e Híbridos: Os espíritos do Brasil (2017)
Debate: Religiosidade, Arte e Cultura Cabocla na Amazônia.
Jerônimo Silva (UNIFESSPA) e Cinthya Marques (UNIFESSPA)
Auditório Unidade I – 18h
Filmes: O Vento das Palavras (2001), Runan Caycu (1973),
Do Corpo da Terra (2017) e Terra é Vida (2018)
Debate: Luta pela Terra e a Reexistência Indígena e Camponesa na América Latina
Fernando Michelotti (UNIFESSPA) e Ginno Perez
Quinta – 19 Abril
SESC Marabá
Filme: Aikewára, a ressurreição de um povo (2017) I Horário: 15h
Filme: Martírio (2017) I Horário: 19h