Visando reforçar o policiamento em Marabá e proporcionar treinamento em gerenciamento de crises, especialmente em relação aos chamados “ataques ativos”, o 34º Batalhão de Polícia Militar (BPM) realizou na manhã desta sexta-feira (8), a “Operação Paz”. O treinamento abrange aspectos teóricos e práticos, visando não apenas os policiais, mas também a comunidade. O objetivo é salvar vidas e estar preparado para possíveis ocorrências, como ataques a escolas.
A reportagem deste CORREIO conversou com o major Carlos Alexsandro Fonseca, o mais jovem da corporação e também instrutor especializado em gerenciamento de crises e negociação policial.
O evento mobilizou 10 viaturas de Belém para reforçar o policiamento na área de Marabá. A ação foi solicitada pelo comandante do 34º BPM, tenente-coronel Kojak, que, em parceria com o major, está ministrando a instrução crucial sobre gerenciamento de crises. “O foco principal é preparar os policiais para lidar com situações complexas, especialmente o chamado ataque ativo”, disse.
Leia mais:O major explicou que o treinamento se torna fundamental diante dos recentes ataques a escolas no Brasil. A intenção é garantir que, caso ocorram situações semelhantes, os policiais estejam devidamente treinados para responder com eficácia. Ele destacou a importância de estar preparado para enfrentar adversidades, ao invés de contar apenas com a sorte.
Em relação ao conteúdo do treinamento, major Carlos Alexsandro Fonseca ressaltou que ele se divide em duas etapas: a teórica e a prática: “A parte teórica abrange conceitos fundamentais, enquanto a prática envolve simulações realistas para aplicar os conhecimentos adquiridos. Cerca de 30 policiais estão presentes participando, e outros grupos estão programados para participar nos próximos dias”, explicou.
O instrutor frisou a importância de disseminar o conhecimento adquirido durante o treinamento. O objetivo é qualificar todo o efetivo do 34º BPM e fornecer protocolos de sobrevivência não apenas para os policiais, mas também para cidadãos comuns que possam se encontrar em crises.
Segundo o major, o treinamento visa salvar vidas e a difusão do conhecimento é crucial nesse processo. Ele abordou estatísticas nacionais e internacionais, destacando a diferença entre o número elevado de ocorrências nos Estados Unidos e a menor incidência no Brasil, apontando para a importância dos protocolos na preservação de vidas. “Inclusive a gente mostrou as estatísticas nacionais e internacionais. Para se ter ideia, este ano 2023, Estados Unidos teve mais de 200 ocorrências dessa natureza e nesse quantitativo tão elevado”, cita.
Ao discutir os motivadores por trás dessas situações, o major mencionou fatores como influências de grupos, bullying, vingança e desequilíbrio emocional. Ele salientou a complexidade da instrução, que busca preparar os policiais para compreender e enfrentar variáveis psicológicas envolvidas nesses incidentes.
A autoridade policial garante que a instrução no 34º BPM não apenas visa a capacitação dos policiais, mas também busca criar uma rede de conhecimento que se estenda à comunidade, visando a segurança e a preservação da vida em situações críticas. (Thays Araujo, com informações de Josseli Carvalho)