Organizações Militares da 23ª Brigada de Infantaria de Selva iniciaram, nesta segunda-feira (30), em Marabá, o Exercício de Campanha que compõe a terceira subfase da Certificação da instituição. Na ação, as tropas executam no terreno operações planejadas e simuladas nas duas fases iniciais do procedimento.
“A Certificação é o processo pelo qual o Exército vai verificar como a nossa tropa está para cumprir as diversas missões que nós temos”, explicou o General de Brigada Giovani Moretto, comandante da 23ª.
Em 2020, foi criado o Sistema de Prontidão Operacional da Força Terrestre (Sispron) que prevê prioridade para algumas tropas selecionadas no recebimento de pessoal, material e treinamento visando serem empregadas imediatamente em qualquer ponto do território nacional ou no exterior.
Leia mais:Inicialmente, são envolvidas as seis brigadas consideradas Forças de Emprego Estratégico do Exército, dentre elas a 23ª Brigada de Infantaria de Selva. A primeira subfase foi iniciada neste mês com um Jogo de Guerra, no qual controladores treinaram no Rio de Janeiro.
Em seguida, durante os dias 20 e 77 de novembro, o Comando e as Organizações da Brigada foram submetidos a diversas situações que colocaram à prova a capacidade de planejar e conduzir operações militares em um cenário de defesa.
Esta terceira subfase será finalizada no próximo dia 5 e após ser Certificada a tropa entrará em um período de oito meses em que deverá manter os padrões alcançados por meio de exercícios, permanecendo em condições de emprego.
O treinamento que está em andamento tem a supervisão do Centro de Adestramento Leste, quartel sediado no Rio de Janeiro. “Vai inspecionar toda a nossa tropa, checando tanto o pessoal, quanto o material e a partir do que for visto aqui nós vamos receber do Exército uma série de equipamentos novos”, destaca o general.
De acordo com ele, em torno de 600 militares de Marabá, Imperatriz, Altamira e Itaituba estão sendo certificados. “Eles vão passar uma semana aqui na região de Vila Landi fazendo exercícios e nesses exercícios vão estar utilizando o Dispositivos de Simulação de Engajamento Tático (DSET)”, diz.
O general explica que este equipamento é capaz de identificar, ao ser efetuado um disparo de festim, se o oponente foi atingido, ferido ou mesmo morto, de forma simulada. “Com isso a gente consegue simular tudo que aconteceria num combate real. Os militares vão poder ver no terreno o que aconteceria numa situação real e todo pelotão vai ter que tomar as medidas pra sanar aquele problema ali com o militar ferido, por exemplo”.
A atividade de campo, adianta, será concluída na noite de sexta-feira (4). “Ao final da Certificação nós teremos um diagnóstico de como estão as nossas tropas em termos de prontidão para o combate. Após esse diagnóstico, a gente vai poder melhorar e muito o nosso preparo”, finaliza.
O capitão Alfred Marques de Almeida, que atua no Centro de Adestramento Leste, afirma que 32 militares saíram do Rio de Janeiro para auxiliarem no treinamento em Marabá. “A gente faz a radiografia da Brigada como um todo e apresenta para o Comando que vai Certificar dizendo se a tropa está pronta”, diz, informando que o EB atualmente tem 10 brigadas em condições de sair em cumprimento de qualquer missão assim que acionadas. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)