Correio de Carajás

1º caso da variante Kraken da Covid no Brasil é identificado em SP; veja o que se sabe

Organização Mundial da Saúde (OMS) havia feito um alerta sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos

A subvariante derivada da Ômicron é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até o momento Foto: STR / AFP

A variante XBB.1.5 do coronavírus, conhecida como Kraken, foi detectada pela primeira vez no Brasil nesta quinta-feira (5). A paciente é uma mulher de 54 anos moradora do município de Indaiatuba, interior de São Paulo.

Na última quarta-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia feito um alerta sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos e afirmado que a subvariante derivada da Ômicron é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até o momento.

A variante XBB.1.5 do coronavírus, conhecida como Kraken, foi detectada pela primeira vez no Brasil nesta quinta-feira (5). A paciente é uma mulher de 54 anos moradora do município de Indaiatuba, interior de São Paulo.

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Na última quarta-feira (4), a Organização Mundial da Saúde (OMS) havia feito um alerta sobre o aumento de casos da XBB.1.5 na Europa e nos Estados Unidos e afirmado que a subvariante derivada da Ômicron é a versão mais transmissível da Covid-19 identificada até o momento.

Em contramão, houve um aumento de outra variante ainda desconhecida, mas que possui características de XBB. “Eu estimo que hoje nós estamos entre 20 a 30% de XBB. Se é a XBB.1.5 ou se vai virar a gente ainda não sabe, apenas o sequenciamento poderia dizer”, afirma.

DIFERENÇAS ENTRE SUBVARIANTES
As variantes mudam de nome segundo as alterações adicionais que vão desenvolvendo, como a transmissibilidade, ou mudanças em pontos-chave que fazem com que o vírus escape da resposta imunológica ou do uso de anticorpos no tratamento.

A OMS afirmou por meio do diretor-geral, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que a XBB.1.5 já foi encontrada em mais de 25 países. “A XBB.1.5, uma recombinação das sublinhagens BA.2, está aumentando na Europa e nos Estados Unidos, foi identificada em mais de 25 países e a OMS está monitorando de perto”, disse Tedros.

O Brasil, segundo o virologista, ainda tem um número alto de casos para dar brecha para as “evoluções” do vírus. “Quanto mais vacinada a população, quanto mais imunizada naturalmente, você vai fechando o gargalo para o coronavírus até o momento que ele não consegue ter mutações”, afirma.

No que diz respeito aos sintomas, não há mudanças significativas com a nova subvariante, segundo o virologista. Ele explica que o vírus se adaptou para ficar no trato respiratório alto, e não no pulmão, que leva à pneumonia, como era o caso da versão anterior à Ômicron.

“O medo é que surja uma nova variante que seja ‘muito boa’ de transmitir e também desça para o trato respiratório com facilidade. Isso ainda não aconteceu”, afirma.

No mês de novembro, o Brasil negociou com a Pfizer 34 milhões de vacinas bivalentes contra Covid-19 que protegem contra a cepa original e contra as variantes BA.1, BA.4 e BA.5. As remessas finais devem chegar até o fim de janeiro.

De acordo com José Eduardo Levi, a atualização das vacinas não acompanha as variações, o que causa um “atraso”, mas ainda assim os imunizantes disponíveis conseguem proteger contra as novas versões. “No final, todas elas que têm Ômicron no esqueleto são melhores do que o que a gente tinha”, explica.

(Fonte: Diário do Nordeste)